quinta-feira, 12 de abril de 2007

Pinheirão "grilou" área do município

Em sua coluna de hoje na Tribuna, Augusto Mafuz conta que a Federação Paranaense de Futebol anexou irregularmente à sua propriedade 3.382,85 metros quadrados de área pública, pertencente ao município, para construir o Pinheirão. E ainda tem quem insista em sediar uma Copa do Mundo no mausoléu do Onaireves... Leia a coluna:

Beto bom de bola?

O Estádio do Pinheirão foi construído sobre dois lotes, objetos das matrículas números 1773 e 1774, da 3.ª Circunscrição Imobiliária de Curitiba.

A Federação Paranaense de Futebol, através da queda de Onaireves Nilo Rolim de Moura por negócios, grilou área do Município de Curitiba, em especial a da Av. Victor Ferreira do Amaral.

Somando as áreas invadidas, a entidade de Moura anexou ilegalmente ao Pinheirão, um total de 3.382,85 metros quadrados: na matrícula 1773, foram 1.993,05 m2, e na matrícula 1774, foram 1.389,80 m2.

Esse apossamento praticado pela FPF está provado através de laudo pericial conclusivo do engenheiro Gustavo de Carvalho Chaves (Crea n.º 61.323 D PR), perito judicial nomeado nos autos n.º 2045/2004, da 1.ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba. Na ação, veja só, a entidade de Moura está pedindo uma indenização porque teria sido lesada por desapropriação indireta.

Entre outras conclusões do laudo, extrai-se a mais provocativa, por isso mais importante: na matrícula 1774, a projeção da arquibancada (cadeiras superiores), sobre a área pública é de 353,75 m2; a área pública invadida na testada do imóvel com a Rua Diógenes Raciop é de 2.027m2.

Esse laudo concluído em 11 de dezembro de 2006, e já de conhecimento formal das partes, exige uma intervenção imediata do agente municipal: além de mandar apurar a responsabilidade criminal dos dirigentes da Federação Paranaense de Futebol, tem que entrar com ação de reintegração de posse, o que vai implicar na demolição das “sociais” do Pinheirão, e no recuo em relação a Victor Ferreira do Amaral. Se não ocorrer uma ação imediata do Município, por sua Procuradoria, estará caracterizado o crime de prevaricação.

A bola mal tocada, que saiu de Requião, voluntariamente ou não, foi parar nos pés de Beto Richa.

Resta saber se o prefeito não vai pisar na “gorduchinha”.

E, errar o gol.

Um comentário:

Maurício disse...

Obrigado pela visita, muito interessante o conteúdo. A ESPN Brasil trouxe à tona muitas coisas erradas no futebol do Paraná e pelo jeito há muito mais escondido.

Abraços