quinta-feira, 31 de maio de 2007

Bola fora: Gomyde confirma voto para beneficiar clube e avacalha com colegas do governo

O presidente da Paraná Esporte, o ex-deputado Ricardo Gomyde, deu (mais) uma tremenda bola fora. Atacado pela torcida do Coritiba em fóruns na internet e no Orkut, por não ter "impedido" que o governo do estado indicasse a Arena da Baixada para sediar a Copa de 2014, Gomyde quis se defender junto aos coxas mas acabou, no mínimo, falando demais e faltando com o decoro que o cargo exige.
No Orkut, Gomyde enviou mensagens a torcedores do Coritiba (imagem acima) afirmando, entre outras coisas, que ele e o Maurício Requião eram os representantes "coxas" na votação feita entre membros do governo estadual para escolher qual estado indicar. Diz ainda que foi "o único coxa a defender essa bandeira" (do Pinheirão). Da forma como colocou, dá a entender, explicitamente, que ambos votaram pelo "Novo Pinheirão" pensando exclusivamente nos benefícios que a escolha poderia levar para ao clube.
Além disso, num tremendo desrespeito com os demais companheiros de governo do estado que votaram na Arena - entre eles os secretários Celso Caron (Turismo), Júlio de Araújo (Obras Públicas) e Rafael Iatauro (Casa Civil), o presidente da Assembléia Legislativa, Nelson Justus, o líder do governo Luiz Claudio Romanelli e o próprio governador em exercício Orlando Pessutti -, afirmou que "lamenta a sacanagem que estão fazendo" (ao indicar a Arena e não o Pinheirão)..
  • Para ler algumas das mensagens de Gomide no Orkut, clique aqui ou aqui.
Gomyde foi triplamente infeliz. Primeiro, porque como presidente de uma autarquia como a Paraná Esporte ele não deveria defender as cores de clube algum, mas sim pensar na coletividade e no melhor para o estado do Paraná.
Segundo, porque caiu na tentação de se explicar pessoalmente a torcedores, talvez com receio de perder possíveis futuros eleitores, esquecendo-se da magnitude do cargo que ocupa e partindo para uma discussão rasteira em fóruns de torcidas na internet que não condizem com sua função pública.
E, por último, porque prejulgou publicamente seus pares de governo e até seu superior - no caso o governador em exercício - e insinuou que foram "sacanas" ao fazer uma escolha que, assim espera a sociedade paranaense, tenham feito por imaginar que seria a melhor decisão para o estado.
Profundamente lamentável. Depois de ocupar cargos públicos por tantos anos seguidos, era de se esperar no mínimo um pouco mais de maturidade por parte de Ricardo Gomyde.

Onaireves nunca mais!

O dia 30 de maio ficará marcado na história do futebol paranaense como o "Dia da Libertação". Após 22 anos no comando da Federação Paranaense de Futebol, Onaireves Nilo Rolim de Moura (foto), por determinação da Justiça Desportiva, foi afastado do cargo.
Onaireves foi suspenso do futebol por três anos e 60 dias por várias infrações ao Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Além dessas punições, um outro processo (número 032/07), que julgaria Moura e mais quatro pessoas ligadas à FPF por irregularidades em borderôs de jogos no Pinheirão, foi prorrogado.
A 3.ª Comissão Disciplinar do STJD começou o julgamento pelo processo 031/07, que previa punições com base do artigo 188 do CBJD que tratava de “manifestação de forma desrespeitosa ou ofensiva contra autoridades desportivas”. Os membros da comissão decidiram punir Moura com 60 dias de suspensão.
A Comissão Disciplinar passou então a julgar o processo 033/07, contra a Federação Paranaense de Futebol. O artigo em questão era o 232, que pune quem deixar de cumprir obrigação assumida às atividades desportivas. A FPF ficará obrigada a pagar multa de R$ 1 mil e passar a recolher imediatamente a taxa referente à contribuição para a Federação das Associações de Atletas Profissionais. O presidente Onaireves Moura também foi punido pelo artigo 238 do CBJD que fala sobre “receber ou solicitar, para si ou para outrem, vantagem indevida em razão de cargo ou função, remunerados ou não, em qualquer entidade desportiva ou Órgão da Justiça Desportiva para praticar, omitir ou retardar ato de ofício”. A punição foi severa e resultou em uma suspensão de Moura por três anos, gerando uma pena total de 3 anos e dois meses.
E que pode ser ainda maior. No processo que foi adiado e ainda não tem prazo para ser julgado, estavam em julgamento, além da FPF e de Onaireves, o presidente do Conselho Fiscal da FPF, Carlos Roberto de Oliveira; Cirus Itiberê da Cunha, presidente da empresa Comfiar (com ligações a Moura e acusada de ser favorecida por desvio de dinheiro); Marco Aurélio Rodrigues, fiscal efetivo da Comfiar; e Laércio Polanski, também fiscal efetivo da Comfiar. A data para a apresentação dos documentos que provam a inocência dos acusados neste processo ainda não foi definida.
Presidente interino
A presidência interina da FPF já está sendo ocupada pelo vice Aluízio Ferreira, que é ligado à Liga de Ponta Grossa. A princípio, ficaria no cargo por 60 dias. Com a punição a Onaireves, pode ficar até o final do ano. Resta saber o que ele pretende fazer para limpar a Federação e pagar as dívidas da instituição, e também o que ele pensa sobre o futuro do Pinheirão.

Pinheirão é lacrado e interditado

Coisas do destino. Num dia, o Pinheirão candidato favorito a sede da Copa do Mundo de 2014. No outro, o estádio foi fechado pela Justiça por falta de segurança.
Dois oficiais de Justiça da 18.ª Vara Civil de Curitiba estiveram durante a tarde desta terça-feira no Pinheirão e, com base em determinação judicial, lacraram todas as entradas do Centro Poliesportivo (foto). A interdição foi pedida pelo Ministério Público e acatado pelo Juiz da 18a. Vara Cível do Foro Central da Comarca da Regiâo Metropolitana de Curitiba. O processo que aponta irregularidades e falta de segurança foi iniciado em 2002.
O despacho do Juiz de Direito da 18.ª Vara disse que a decisão foi tomada “visando resguardar o direito à vida, saúde e a segurança dos consumidores/freqüentadores do Estádio Pinheirão”. A interdição é por tempo indeterminado e para ela não cabe recurso.
O relato feito pela Tribuna do Paraná desta quarta sobre o episódio seria cômico, não fosse trágico. Segundo o jornal, o lacramento pegou de surpresa funcionários da FPF e do TJD-PR, além de entidades que locavam ou tiveram espaços cedidos dentro do estádio. No final da tarde, alunos, funcionários e o proprietário de uma academia de ginástica que funcionava ali dentro precisaram se unir para remover os equipamentos. “Fomos pegos totalmente de surpresa. Sempre me falaram que a documentação estava em ordem”, falou o dono da academia, que preferiu não se identificar. O estabelecimento particular funcionava numa das salas do Pinheirão há seis meses, num investimento de R$ 40 mil.
O time profissional do Paraná Clube também foi surpreendido e transferiu o treino da tarde do Pinheirão para o campo do Centro Politécnico da UFPR.
Também ficaram desalojados a Federação Paranaense de Atletismo, a Associação dos Árbitros do Paraná, o Museu da FPF e o Tribunal de Justiça Desportiva. Ao saber da medida, o presidente do TJD tentou liminar judicial que permitisse o uso da sala para andamento dos processos, mas o pedido foi negado. Assim, a sessão da 1.ª Comissão Disciplinar, marcada para hoje, foi cancelada, bem como o teste de árbitros do quadro estadual, que seria no dia 6 de junho.
E assim começa o mandato do substituto de Onaireves Moura na presidência da FPF...

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Cem anos de solidão

Com ou sem Copa do Mundo, o presidente do Coritiba, Giovani Gionédis, quer mesmo abandonar o estádio Major Antônio Couto Pereira e alugar o Pinheirão por 100 anos. Pelo menos foi o que ele afirmou ontem, após o arbitral que definiu a fórmula de disputa do Campeonato Paranaense de 2008.
“Já protocolamos isso desde o dia 11 de abril. Será nos mesmos moldes em que Atlético e Paraná fizeram com a Federação em outras épocas”, afirmou à Gazeta do Povo. “Assim que tivermos essa autorização assumimos o Pinheirão em 30 dias com jogos da nossa categoria de base e apresentamos o projeto”, revela ele, que teria avaliado mais 10 terrenos em várias regiões de Curitiba e mesmo assim continuou optando pelo Tarumã.
Para conseguir seu intento, no entanto, Gigi precisa ainda da aprovação dos demais filiados à entidade em assembléia geral. E vai enfrentar uma grande resistência por parte da torcida. Gigi não explicou, também, se o Coritiba ou o investidor assumirão as dívidas da FPF que levaram a ações de penhora do Pinheirão, ou se a própria FPF as quitaria.
Outro detalhe a se considerar é que Gigi está em fim de mandato... Será qeu ele já ouviu a opinião dos futuros candidatos ao cargo ou vai simplesmente largar o pepino "pronto" para o próximo presidente?
Couto
Gionédis voltou a "lavar as mãos" quando questionado sobre o futuro do Couto Pereira. Segundo ele, o destino do que será feito com a tradicional casa coxa-branca vai ser responsabilidade das próximas diretorias “Parece que a imprensa sempre quer criar um fato ruim. O projeto do novo estádio foi aprovado por 100% dos membros do Conselho Administrativo e, com o projeto pronto, apresentaremos para o Conselho Deliberativo. Não se pode pensar no passado. O destino disso será das diretorias futuras”.
"Isso" a que ele se refere é o Couto Pereira.
Vale lembrar que a proposta do estádio foi aprovada por estes conselheiros quando ela ainda previa o local como candidato à ser uma das sub-sedes da Copa.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Surge um "filhote de Onaireves" na FPF

Pedimos licença ao Blog da Baixada para reproduzir esta curiosíssima nota lá publicada:

Surge um "filhote de Onaireves" na FPF


Mal o governo do estado noticiou a opção pela Arena como estádio indicado para a Copa de 2014, na tarde de hoje, o pouco visitado site "Futebolpr", que estava em plena campanha pelo Pinheirão, cravou na manchete: "Paraná fora da Copa 2014", insinuando que a Fifa vetaria a Baixada.
A maldade contida na notícia tem uma explicação. O "dono" do site, como consta no site de registros de domínios, é o famigerado Nello Morlotti (foto), um ilustre Zé Ninguém que repentinamente tornou-se conhecido na cidade por sua participação num programa de TV que coloca torcedores como comentaristas. Nello representa a torcida do Paraná Clube.
Segundo o site registro.br, Nello é o responsável pelo site, que pertence à empresa Holden Serviços Técnicos e Profissionais Ltda, de Curitiba, com sede na Rua Sete de Setembro, 4214, sala 303.
Mas não é só. A fama repentina levou Nello a ser convidado por Onaireves Moura para ser "Relações Públicas" da Federação Paranaense de Futebol, como consta na lista de diretores da FPF no site da instituição (não me consta que ele seja formado em RP, uma boa dica para o sindicato da categoria investigar).
Desde então, Nello abraçou a causa do Pinheirão como sede da Copa 2014 e utilizou o seu próprio site para fazer uma campanha aberta. Com a indicação da Arena, Nello mostrou que não sabe aceitar a derrota e utilizou o site para destilar seu veneno, além de promover campanhas no Orkut (confira aqui e aqui) para que a Copa não seja mais realizada em Curitiba, jogando a ética na lata do lixo tanto como dono de um site informativo quanto como dirigente da Federação Paranaense de Futebol.
Agora, o pobre Nello sonha em ser político. Filiou-se ao PCdoB e atua como assessor parlamentar do colega de partido Luizão Stelfeld (confira no site do vereador). Como na política vale tudo, arrumou ainda um bico na Paraná Esporte do também colega de partido Ricardo Gomyde. E já lançou sua candidatura a vereador nas eleições de 2008... Incrível! Pobre PCdoB... o que já foi um partidão, agora está na mão de inescrupulosos e gananciosos que não sabem quem foi Karl Marx...
Parece que ele aprendeu bastante com o mestre Onaireves.
* Quem quiser mandar alguma mensagem para Nello, desde que educada, cobrando que eler tenha um mínimo de ética e profissionalismo, pode fazê-lo pelos e-mails
editor@futebolpr.com.br e nellomorlotti@hotmail.com ou ainda pcdobpr@terra.com.br e pcdob.pg@gmail.com.

Nome aos bois

A matéria da Tribuna do Paraná desta quarta que trata da decisão do governo do estado sobre a Copa de 2014 conta quem votou a favor do Pinheirão e quem optou pela Arena. Segundo a reportagem, o presidente da Paraná Esporte, Ricardo Gomyde, ficou até o último minuto do lado do projeto de R$ 630 milhões. Confira:

"Embora a versão oficial aponte que a decisão foi de consenso, duas vozes votaram em favor do projeto capitaneado por Moura: o presidente de Paraná Esporte, Ricardo Gomyde, e o secretário estadual de Educação, Maurício Requião. Os demais membros da comissão instituída pelo governador Roberto Requião apoiaram a causa rubro-negra: o governador em exercício Orlando Pessuti, os secretários Celso Caron (Turismo), Júlio de Araújo (Obras Públicas) e Rafael Iatauro (Casa Civil), o presidente da Assembléia Legislativa, Nelson Justus, o líder do governo na Casa, Luiz Claudio Romanelli, e o presidente do PMDB do Paraná, Renato Adur.
Pessuti ligou em seguida para o governador, que de Paris autorizou a oficialização da Arena, e para o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que não mostrou objeção à candidatura da Arena e mostrou-se aliviado com o descarte do Pinheirão.
O projeto recebeu também o aval do prefeito de Curitiba, Beto Richa, e do líder da bancada governista na Câmara Municipal, vereador Mário Celso Cunha, que mostrou ao governo a complicada situação jurídica da área Pinheirão em relação ao município."

STJD julga Onaireves nesta quarta

Deu no site do Jornal do Estado:

Procurador do STJD critica Moura
O presidente da Federação Paranaense de Futebol, Onaireves Moura, será julgado amanhã no STJD e pode ser punido com até dez anos de suspensão
Silvio Rauth Filho
O procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmitt, rebateu ontem as acusações feitas pelo presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Onaireves Moura, na última sexta-feira. “É um ato de desespero”, declarou Schmitt. “É um dirigente em fim de carreira, que já deveria ter se afastado há muito tempo”, afirmou. “O futebol paranaense clama por um mínimo de moralidade”, desabafou.
Moura será julgado amanhã no STJD e pode ser punido com até dez anos de suspensão. Ele é acusado de desvio de recursos, adulteração de borderôs (documento relativo à renda dos jogos de futebol) e ofensas ao Tribunal. Ao pedir licença de 90 dias, na última sexta-feira, o presidente da FPF afirmou que Schmitt foi exonerado da Paraná Esporte – autarquia do Governo do Estado – por envolvimento em corrupção.“São acusações levianas”, declarou o procurador. “Ele deve apresentar alguma prova”, desafiou. “Nunca fui processado, investigado”, garantiu. “Existe tentativa de desviar foco das atenções”, disse.
Schmitt explicou que Moura e a Federação foram investigadas nas últimas quatro semanas pelo STJD. O inquérito indiciou o presidente e outros quatro dirigentes da entidade. “A investigação foi determinada pelo pleno do STJD”, contou. “Temos farta documentação”, revelou.

Moura não consegue nem se afastar da FPF

Deu no site Máquina do Esporte: vice não aceita assumir e Moura adia afastamento. Leia a notícia:
Depois de pedir afastamento, na última sexta-feira, da presidência da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Onaireves Moura continuará no cargo pelo menos até esta terça-feira. O motivo foi a recusa do convite feito a um vice-presidente para assumir o posto. "Na sexta, eu fiz a indicação para que o Jorge Dib Sobrinho assumisse, mas ele declinou, alegando problemas pessoais. Então eu assumo nesta terça-feira, participo do Conselho Arbitral, depois peço licença novamente, quando irei designar um novo vice-presidente", diz Moura.
A primeira indicação a Jorge Dib Sobrinho aconteceu, segundo o presidente da FPF, pelo fato de o vice ser o único, dentre os quatro dirigentes que ocupam mesmo cargo na entidade, a morar em Curitiba. Onaireves Moura pediu afastamento do seu cargo por 90 dias para que haja uma investigação das acusações que ele sofreu.
O presidente da FPF é investigado por fraude e corrupção pelo procurador do STJD, Paulo Schmitt, com denúncias que ferem artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. As infrações pelas quais é acusado podem afastar Moura do futebol por até oito anos.

Pessutti enterra o devaneio de R$ 630 milhões

Depois de quase dois meses de suspense, o governo do estado bateu o martelo nesta segunda e o governador em exercícil, Orlando Pessutti, anunciou oficialmente a indicação da Arena da Baixada como estádio paranaense que sediará a Copa do Mundo de 2014.
O anúncio enterrou de vez as iniciativas dos presidentes da Federação Paranaense de Futebol (Onaireves Moura) e do Coritiba (Giovani Gionédis), com apoio do Paraná Clube, que tentavam assumir a paternidade do Novo Pinheirão como estádio para oferecer como sede do Mundial - um projeto com custo estimado em R$ 630 milhões.
Segundo Pessuti, a escolha foi baseada em critérios técnicos. “Não tínhamos indicado nenhum estádio oficialmente e poderia até ser o Estádio de Curitiba (que seria o nome do Novo Pinheirão). Esta decisão está sendo tomada hoje. O governador do Estado vai recomendar a Kyocera Arena e isso é o resultado de análises feitas por uma comissão designada pelo governador Roberto Requião e por mim, como governador em exercício. Ouvimos um grupo de especialistas e pessoas ligadas à área esportiva para tomar a decisão”, disse Pessuti em entrevista à Gazeta do Povo Online.
Pinheirão: shopping e circo
Segundo o site Máquina do Esporte, sem a possibilidade de sediar a Copa o destino do Pinheirão é incerto. O presidente afastado da Federação Paranaense de Futebol afirmou ao veículo que consultará o Coritiba para saber se este ainda tem interesse em construir um novo estádio no local. Caso contrário, o Pinheirão pode vir abaixo para dar lugar a um shopping center. "Não posso ficar com um estádio parado, sem nenhum time. Temos dívidas a saldar. Se o Coritiba não viabilizar um estádio, a Federação pretende demolir (o Pinheirão) e fazer um empreendimento comercial que possa nos dar retorno financeiro, como um shopping center", disse Onaireves ao site.
No curto prazo, a perspectiva da FPF é arrecadar algum dinheiro com o aluguel do terreno do Pinheirão para um circo que chegou à cidade.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Ratinho na FPF ?

Saiu hoje na coluna Toda Política, no Jornal do Estado:

O rato ruge
O afastamento de 90 dias do presidente da FPF, Onaireves Moura, atiçou as lombrigas do apresentador Carlos Massa, o Ratinho. Ontem, em inconfidência na Boca Maldita, ele revelou que planeja disputar o cargo. E apresentou atestado de idoneidade. “Tenho 21 empresas. Não vou roubar ninguém”.
O Malu também
Ratinho não é o único a ambicionar o trono de Moura. O empresário Joel Malucelli também se apresentou como candidato.
Muito difícil de acreditar que Ratinho queira assumir uma Federação de Futebol, apesar de ter parentes atuando como empresários de jogadores. Malucelli seria uma boa opção, mas também é de se duvidar que queira, atarefado que é com tantas empresas para administrar, além do seu time de futebol, o J. Malucelli...

Um Geladão de R$ 630 milhões

E a Gazeta do Povo desta segunda-feira mostra em primeira mão o projeto do "novo" Pinheirão. Já havia mostrado, há algumas semanas, o croqui inicial do estádio completo. Agora, publica imagens da maquete eletrônica finalizada pela empresa Dória Lopes Fiuza.
Na imagem acima, pode-se comparar os dois projetos (à esquerda, o antigo; à direita, o "novo"). Na verdade, a maquete atual não passa de um complemento da primeira, e prevê algumas mudanças como teto e paredes transparentes e um shopping anexo a uma área coberta em frente ao estádio. Ficou menos feio, mas continua sendo o velho Pinheirão de guerra, o popular "Geladão".
A grande diferença, agora, está no custo da obra: a bagatela R$ 630 milhões. Recursos cuja captação ficou a cargo de uma desconhecida ONG de Brasília, que estaria fazendo o trabalho "voluntariamente e gratuitamente" , segundo o presidente afastado da Federação Paeranaense de Futebol, Onaireves Nilo Rolim de Moura.

domingo, 27 de maio de 2007

Onaireves e Gomyde fogem de programa sobre a Copa

A edição deste sábado do programa “Q.I. na TV”, da Rede Independência de Comunicação (RIC), abordou nesta semana o tema “Copa do Mundo no Paraná”. A atração, apresentada pelo jornalista Fabio Campana, teve a participação do jornalista Carlos Alberto Pessoa e do vereador Mario Celso Cunha. O presidente afastado da Federação Paranaense de Futebol e principal idealizador do projeto de um novo Pinheirão, Oinareves Rolim de Moura, e o presidente da Paraná Esporte, braço esportivo do governo do Paraná, Ricardo Gomyde, foram convidados mas se recusaram a participar.
O vereador Mario Celso Cunha, líder do prefeito Beto Richa na Câmara Municipal de Curitiba, fez uma série de questionamentos quanto ao projeto do Pinheirão. Ele lembrou das dívidas que a Federação tem com a prefeitura e anunciou que o governo municipal já ingressou na justiça pedindo a reintegração de posse do terreno, no bairro Tarumã. Cunha afirmou, ainda, que defende o projeto do Atlético por acreditar que é o melhor e mais consistente para representar o Paraná nessa disputa internacional. “A Arena é, sem dúvidas, a primeira opção para sediar jogos de tal importância no Paraná. O Couto Pereira é a segunda opção, a terceira ou quarta opção, depois do estádio do Café, em Londrina, seria o Pinheirão”, disse.
Além disso, Mario Celso Cunha fez alguns questionamentos ao projeto da Federação: “Quem vai bancar o projeto? Quem são os parceiros que ninguém nunca viu? Quem vai construir o estádio? Quem vai administrar o estádio?”, perguntou. Ele criticou, ainda, a postura da Federação Paranaense de Futebol, que deveria ter a função de defender os interesses de seus filiados e não ir contra. “A federação está pensando única e exclusivamente em seus interesses, pensa apenas em si própria”, definiu.
"Micão"

Quem também se posicionou contra ao projeto de um novo estádio onde hoje está o estádio do Pinheirão foi o jornalista Carlos Alberto Pessoa. Há muito tempo ele chama o estádio da federação de “Burrão”. Agora, com a possibilidade de se gastar mais dinheiro num novo projeto, ele passou a denominar o plano de “Micão”.
Ao final do debate, o apresentador Fabio Campana lançou uma pergunta ao governador do Paraná, Roberto Requião: “O governador Requião não tem consciência disso tudo (dos problemas do Pinheirão e do presidente licenciado da FPF, Oinareves Moura). Ele sabendo que o terreno não é da federação, que está sub-judice, não entraria num projeto desses. Com outras alternativas por que arriscar num projeto que pode manchar a sua carreira política?”, questionou.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Denunciado pelo STJD, Onaireves pede afastamento

O presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Onaireves Moura, foi denunciado nesta sexta-feira pela procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e poderá ser suspenso de suas atividades como dirigente de futebol por até 8 anos.
De acordo Paulo Schmitt, procurador-geral do STJD, serão feitas três representações contra Moura e outros diretores da FPF. As denúncias se transformarão em três processos distintos a serem julgados já na próxima quinta-feira. As infrações constatadas desrespeitariam oito artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), e estariam relacionadas a fraudes e corrupção.
Segundo reportagem publicada hoje na Gazeta do Povo, as investigações foram iniciadas após algumas denúncias. “Embora estejamos em uma campanha pela moralidade no país, isso não saiu da minha cabeça, foram denúncias feitas por três entidades”, disse Schmitt, que prefere não revelar quais.
No começo da semana, o candidato derrotado às últimas eleições da FPF, Hélio Cury, enviou ao STJD e à CBF certificados que provariam a falência da pessoa física “Onaireves Moura” e de uma condenação do presidente da FPF, o que, pela Lei Pelé, já deveria ser motivo para o afastamento do dirigente.
Afastamento
À tarde, Onaireves convocou uma entrevista coletiva e anunciou o seu afastamento por um período de 90 dias do seu cargo. Ainda durante a coletiva, Onaireves atirou para todo lado e fez uma série de acusações contra o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético Paranaense, Mário Celso Petraglia, e contra o procurador Paulo Schmitt. Porém, não apresentou prova alguma.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

1 Pinheirão = 1 orçamento de Londrina ou 1/2 metrô de Curitiba


Quando anunciou que o Pinheirão entraria na briga para sediar a Copa de 2014, há pouco mais de um mês, o presidente da Federação Paranaense de Futebol, Onaireves Moura, estimou que necessitaria de US$ 50 milhões (cerca de R$ 100 milhões) para colocar o estádio em condições. Logo após, o Coritiba entrou na parada, e o presidente do clube, Giovani Gionédis, já falava em gastos da ordem de US$ 100 milhões (cerca de R$ 200 mi).
Ontem, quando anunciou que o Paraná Clube seria um terceiro parceiro na empreitada, a FPF divulgou novos números para a sua pretenciosa intenção: o "novo Pinheirão" custará a "bagatela" de R$ 630 milhões (isso mesmo, seiscentos e trinta milhões de reais). O valor consta em reportagens publicadas na Gazeta do Povo e na Tribuna do Paraná. Isso sem contar os gastos para quitar as dívidas da Federação com INSS, IPTU e outros credores, que chegam a R$ 20 milhões...
Para se ter uma idéia do quão megalomaníaco tornou-se o projeto da dupla Onaireves-Gionédis, o orçamento da cidade de Londrina (a segunda maior do estado) para 2007 é de R$ 659,852 milhões, aí incluindo administração direta e indireta e empresas municipais, como a telefônica Sercomtel.
É pouco? Pois os R$ 630 milhões do Pinheirão poderiam bancar metade dos custos do metrô de Curitiba, obra imprescindível para a cidade e que até agora não saiu do papel por falta de recursos. E, convenhamos, se a Prefeitura de Curitiba, acostumada há décadas a tomar empréstimos junto a instituições internacionais, não consegue R$ 1,2 bilhão, a dupla Onai-Gigi vai conseguir R$ 630 milhões?
Essa nem português acredita...

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Onaireves e Miranda passam a perna em Gionédis !!

Há um mês este blog previu: "Gionédis pensa estar dando o golpe em cima de Onaireves e da Federação. Ledo engano. Na arte de passar os outros para trás, Onaireves coloca o presidente dos coxas no chinelo."
Não deu outra. Parece que Onaireves passou mesmo a rasteira em Gionédis e arranjou um "novo parceiro" para o "velho Pinheirão": o Paraná Clube. Segundo publicou há pouco a Gazeta do Povo On-Line, o vice-presidente de futebol do Tricolor, José Domingos, adiantou em um programa de televisão, e o presidente do Tricolor, José Carlos de Miranda, confirmou na tarde desta quarta-feira: o clube de Vila Capanema será oficializado como o parceiro da Federação Paranaense de Futebol (FPF) na iniciativa de trazer a Copa do Mundo de 2014 para o novo Pinheirão.
Uma reunião na calada da noite entre dirigentes do Paraná e o presidente da FPF, Onaireves Moura, selou o acordo. Onaireves promete que o investidor que bancará a construção do novo Pinheirão (???) também arcará com uma ampla reforma no Estádio Durival Britto e Silva, do Tricolor, que serviria como campo de treinamentos para uma seleção do Mundial. Em troca, o Paraná cederia a sua sede do Tarumã, na Avenida Victor Ferreira do Amaral, onde seria construído um alojamento de luxo para abrigar uma seleção.
Entre as benfeitorias feitas no Pinheirão estaria o rebaixamento do gramado, para permitir a construção de mais assentos. “Ainda não assinamos nada com o Moura, mas revelaremos os detalhes do assunto em entrevista coletiva ainda esta tarde", garantiu Miranda à Gazeta do Povo Online.
Moral da história: 1) Gionédis, se não confiou no Onaireves, ao menos achou que poderia ser mais esperto que ele, mas não foi; 2) É realmente difícil de acreditar como é que a diretoria do Paraná pode acreditar em Onaireves, que até ontem se dizia parceiro do Coritiba. Quem aplicou um golpe desse naipe pode aplicar outros. Sem falar que estão denunciando o homem junto à CBF e ao STJD; 3) Resta saber se Gionédis continuará insistindo em construir um novo estádio em outro local, como ele garantia que poderia acontecer; 4) Esta é uma derrota também para Ricardo Gomyde, presidente da Paraná Esporte e ex-cartola do Coxa, que achou estar beneficiando o alviverde com toda essa história; 5) Até agora o investidor, que é bom, ainda não apareceu; 6) O "novo estádio" será aquele mesmo Pinheirão velho de guerra; 7) Com o rebaixamento do gramado, a visibilidade para quem for assistir a uma partida no segundo anel do estádio, que hoje é terrível pela distância do campo, será ainda pior. É bom levar binóculo para os jogos; 8) Parece que os diretores do Paraná, que sempre foram conhecidos como pessoas probas, esqueceram a ética em casa.

terça-feira, 22 de maio de 2007

"Dossiê Moura" chega à CBF e ao STJD

Deu hoje na Tribuna e no Estado do Paraná: "Dôssie contra Moura pode minar estádio da FPF".

Segundo a reportagem, a oposição de Onaireves Moura prepara uma artilharia pesada contra o cartola que se eterniza à frente da FPF. Ontem, o antigo vice-presidente da deferação e candidato derrotado na última eleição para a presidência da entidade, Hélio Cury, enviou uma espécie de "dossiê anti-Moura" aos presidentes da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, e do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Rubens Approbato Machado.
Cury lembra que a permanência do cartola no comando da FPF fere o artigo 23 da Lei Pelé, que veta pessoas condenadas em sentença definitiva e com falência pessoal decretada pela Justiça.
Ao mesmo tempo, o vereador Mario Celso Cunha, líder da bancada governista na Câmara Municipal, ainda aguarda resposta da Prefeitura quanto ao pedido de informações sobre a situação legal do Pinheirão. Segundo a reportagem, a Prefeitura de Curitiba já moveu 17 ações de execução fiscal (cobrança judicial de dívidas) contra a FPF, e um recente laudo judicial constatou que a federação “grilou” mais de 3 mil m2 de terrenos da Prefeitura nos fundos das cadeiras sociais. “Antes de o município liberar a construção do estádio, é preciso que a Federação cumpra suas obrigações legais e fiscais”, diz o vereador.

Os mentirosos

E, novamente, a imprensa caiu no "Conto do Pinheirão". Giovani Gionédis e Onaireves Moura alardearam à mídia que apresentariam hoje o projeto do novo estádio. Vários veículos acreditaram e publicaram a informação. Mas tudo não passava apenas de mais uma das mentiras da dupla. Segundo a Gazeta do Povo de hoje, o projeto do novo Pinheirão, agora, "só deve vir a público após o dia 31 – data-limite para a entrega do caderno de encargos à Confederação Brasileira de Futebol".
Ou seja: se o governo do estado insistir em indicar um estádio que não nem ao menos um projeto, estará assinando um atestado de má-fé e incompetência.
Mas, segundo a reportagem, as constantes alterações na concepção do novo Pinheirão não incomodam o governo estadual, pelo menos por enquanto. De acordo com Ricardo Gomyde, presidente da Paraná Esportes, ex-diretor do Coritiba e da FPF e um dos defensores da candidatura do Pinheirão, o importante é que a planta seja levada ao governo até amanhã, dia 24 (o que, segundo a Gazeta, não deverá acontecer). Este, ao menos, foi o prazo máximo dado pela autarquia estadual para que todos os evolvidos no preenchimento do cadernos de encargos tragam as informações finais.“Não causa preocupação. Todos os estados estão nesse estágio”, afirma Gomyde, que garante: “O responsável (pelo projeto do estádio) é o Moura. É dele que vamos pegar a assinatura”.
A reportagem conta ainda que, até esta quinta, quem já deve ter apresentado uma proposta à “comissão paranaense da Copa” é o Atlético. Ao contrário dos concorrentes, o presidente do clube, Mario Petraglia, já teria o projeto de conclusão da Arena pronto e pretende mostrar um vasto material para tentar provar que o entorno do estádio não será empecilho para receber os jogos do Mundial de 2014.O dirigente já deixou bem clara a sua posição. “Se a Copa não vier para o Paraná a responsabilidade será de quem fez as escolhas. E caso as condições impostas pela Fifa não sejam cumpridas o Paraná estará fora. O Atlético já colocou à disposição a Arena atendendo todas as exigências da Fifa”, disse o dirigente atleticano.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Gazeta: "últimas cartadas contra o Pinheirão"

A Gazeta do Povo, em sua edição desta segunda-feira, traz uma reportagem lembrando que faltam apenas 10 dias para que o governo estadual indique à CBF o estádio paranaense que será disponibilizado para a Copa de 2014. Segundo a matéria, o Atlético prepara para esta semana suas "últimas cartadas" para tentar fazer da Arena da Baixada palco do Mundial, derrubando o "favoritismo" do Pinheirão.
Segundo a Gazeta, presidente atleticano, Mário Celso Petraglia, irá entregar esta semana ao secretário de Turismo do Paraná, Celso Caron, um documento com o questionário da Fifa que trata sobre os estádios, no qual pretende mostrar que o Joaquim Américo atende a todas as exigências da entidade. “Há diferença entre as exigências feitas pela Fifa para construção de novos estádios e para a reforma de estádios já existentes. A Arena é mais do que o suficiente. Nosso caderno vai mostrar e contornar todas as indicações dessas pessoas com posições levianas”, disse o dirigente à reportagem.
Do outro lado do front, segundo o jornal, Federação Paranaense de Futebol e o Coritiba prometem apresentar nesta terça-feira o projeto do "novo Pinheirão". Segundo a matéria, a maquete do estádio deverá ser uma mescla das duas idéias anteriores. “A única diferença entre a da Federação e a nossa é o estádio”, afirmou Giovani Gionédis. “Faremos a última mudança para apresentar na terça-feira. O estádio terá um pouco dos dois”, completou Moura. “Tudo será revelado na terça-feira”, finalizou Gigi.
*** Para refrescar a memória: Onaireves garantia, até há poucos dias, que a estrutura atual do Pinheirão seria mantida e ampliada, enquanto Gionédis sugeria a implosão e uma nova construção. Como então "mesclar" as duas propostas?

Com Gionédis, Requião pode vetar o Pinheirão

O Globo On-Line publicou reportagem da Agência Placar sobre a disputa pela indicação do estádio-sede da Copa do Mundo de 2014 no Paraná. Ao invés de elucidar, a matéria mostra que a indicação do Pinheirão como sede ainda é motivo de divergências entre os cartolas. Segundo o texto, o presidente do Coritiba, Giovani Gionédis, afirmou à BandNews FM que já arrendou o estádio da Federação por 100 anos. O que é desmentido, na mesma reportagem, por Onaireves Moura, presidente da FPF.
Ambos prometem bater o martelo amanhã.
Mas, segundo o Globo On-Line, as coisas não serão tão simples assim. Apesar da pré-indicação governamental, a reportagem lembra que Gionédis é historicamente um rival político do governador Roberto Requião, homem que terá o poder da indicação de um estádio no Paraná como sede, a acontecer no próximo dia 31. E diz ainda a matéria: "Uma fonte ligada ao governo, que pediu para não ser identificada, afirmou que Requião pode tirar a indicação do Pinheirão se a notícia do arrendamento do estádio por Gionédis se confirmar."
Ainda segundo a matéria, Ricardo Gomyde, presidente da Paraná Esporte, foge da responsabilidade quando perguntado sobre o assunto. "Esse negócio de estádio não me cabe", disse.

Gionédis: "O Couto Pereira não é problema meu"
Mas o que chama a atenção mesmo, na reportagem publicada pelo Globo On-Line, é a uma declaração de Gionédis que deve estar deixando os coxas-brancas mais tradicionalistas de cabelo em pé.
Questionado pela reportagem sobre o destino que será dado ao estádio Major Antônio Couto Pereira, um orgulho da Nação Coxa, caso o Coritiba adote mesmo o Pinheirão, Gigi disparou: “Isso não é problema meu, é problema dos próximos administradores. O que eu quero é um estádio que dê renda ao clube”.

sábado, 19 de maio de 2007

Gomyde: "a responsabilidade é do Requião"

O site Furacao.com acaba de colocar no ar uma entrevista exclusiva com o presidente da Paraná Esporte, Ricardo Gomyde, sobre a Copa de 2014 em Curitiba. O cartola mostrou-se um tanto inseguro em algumas respostas e demonstrou total desconhecimento sobre aquilo que ele próprio está defendendo: a candidatura do Pinheirão como o estádio paranaense a sediar o Mundial.
Alguns pontos chamam a atenção na entrevista:
1) Segundo Gomyde, a responsabilidade pela escolha prévia do Pinheirão para sediar o mundial é única e exclusivamente do governador Roberto Requião;
2) A escolha final será baseada em critérios técnicos;
3) Ele não sabe que critérios foram usados na escolha do Pinheirão que ele próprio indicou à CBF;
4) Ele não conhece o projeto do Pinheirão que ele próprio indicou à CBF e tampouco sabe quem é o investidor;
5) Ele não sabe se o governador Requião conhece o projeto do Pinheirão, mas "imagina que sim";
6) Ele não confia no Onaireves Moura, mas acha que o governador deve confiar;
7) Ele garante nunca ter dito que a Kyocera Arena é carta fora do baralho;
8) Ele garante que a Paraná Esporte não tem nenhuma posição sobre eventuais pontos do caderno de encargos da Fifa que a Arena não atenderia, mas diz que "o governo do estado tem" (como se a Paraná Esporte não fosse um órgão do governo estadual);
9) Ele admite q
ue a Arena, quando concluída e com as alterações que o Atlético pretende fazer para se encaixar nos encargos da Fifa, é a melhor solução para o estado - mas mesmo assim o governo indicou o Pinheirão;
10) Segundo ele, o governador Requião nunca o consultou sobre a questão; apenas mandou fazer e ele fez (fica aqui a dúvida: qual é o papel do Gomyde, então, à frente da Paraná Esporte, se ele nem ao menos é consultado para dar sua opinião sobre o maior evento esportivo que a ser realizado em toda a história do estado?).
* * *
Bem, a entrevista serviu ao menos para evidenciar que o "Projeto Pinheirão" está sendo tocado sem transparência alguma. Estão atirando para o alto para ver se acertam em algum pombo. Os paranaenses ainda esperam uma declaração oficial do governador Roberto Requião. Infelizmente, no meio dessa confusão toda, enquanto os demais governadores estão se empenhando pessoalmente pela Copa, ele está de viagem marcada para o Japão. Tomara então que o vice-governador Orlando Pessutti, que assumirá o cargo, faça o que deve ser feito.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Buemba, Buemba!! Na escolinha de Requião, Onaireves será professor

A coluna Toda Política de hoje, no Jornal do Estado, de autoria do jornalista Marcus Vinicius Gomes, é digna de reprodução neste blog:
Só faltava ele

Presidente da Federação de Futebol vai dar aulas para a turminha da escolinha de Requião
Pronto. Não falta mais ninguém. A confirmar-se a agenda da Escolinha e o presidente da Federação Paranaense de Futebol, Onaireves - o Severiano - Moura (foto), será o palestrante principal no próximo dia 29. Vai a convite do Palácio Iguaçu (ou Araucária), fazer uma explanação sobre o projeto do Novo Pinheirão, estádio indicado pelo governador para ser uma das sub-sedes da Copa de 2014 no Paraná.
Ontem, o diretor de Obras da entidade e braço direito do dirigente, Cyrus Itiberê, comunicou a convocação de pelo menos 100 pessoas para “prestigiar” a intervenção de Moura na Escolinha. Quer engordar a claque palaciana e assim fazer um festerê que motive o governo a encampar o projeto e, quem sabe, investir uns caraminguás.
Estima-se que a construção de um novo estádio no lugar onde hoje está localizado o “túmulo do futebol” exija investimentos no valor de R$ 100 milhões. Moura diz que conta com um grande patrocinador, mas não revela o nome nem que a vaca tussa. Não admira. Se ele existe, seu endereço de correspondência é o Pinel.
A dívida da FPF hoje é calculada em cerca de R$ 22 milhões, dos quais R$ 3,8 milhões em IPTU e outros milhões com a Receita Federal e o INSS. A entidade ainda tem pendências com o Atlético (R$ 9,8 milhões), com o Banco Itaú (3.400 cadeiras vendidas e revendidas) e, até a última contagem, 120 títulos protestados nos cartórios.
Parece cabuloso, mas é pouco, um tiquitito. Moura, que dirige a FPF há 22 anos, também tem ficha corrida extensa. Passou pelo menos cem dias preso sob custódia da Polícia Federal, da Colônia Penal Agrícola e da Penitenciária do Ahú. Ex-deputado federal, foi cassado em 92 num “esquema” que envolvia a compra de deputados para salvar o mandato de Collor. Mais: há 30 dias, a 2a Vara da Fazenda Pública do Paraná decretou a falência da pessoa física do dirigente e um caso nebuloso envolve o seu último e falecido empreendimento: a Top Avestruz. Pois, pasme, é esse senhor quem agora recebe o aval de Requião (e da nossa imprença pátria) para comandar um projeto de tal importância. Convenhamos, o Paraná tem mesmo um nome a zerar.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Argumentos x "argumentos"

Luiz Augusto Xavier (foto) tem 37 anos de jornalismo. Certamente mais tempo do que o presidente da Paraná Esporte, o ex-deputado federal Ricardo Gomyde, tem de vida. No exercício da profissão, Xavier já trabalhou em rádios, TVs e jornais. E já rodou o mundo, cobrindo grandes eventos esportivos.

Toda esta experiência – de vida e de profissão – pesa muito na hora de alguém emitir opinião, ou mesmo de fazer uma análise real de alguma situação.

Talvez por isso, em sua coluna de hoje no jornal O Estado do Paraná, Xavier praticamente desmonta um dos argumentos utilizados por Gomyde para ter escolhido o Pinheirão como o estádio paranaense que deve sediar jogos da Copa 2014: o de que a Fifa exige amplos espaços livres ao seu redor. “Um dos pontos de glamour da Copa da França era o Parque dos Príncipes, um estádio central, encravado no meio de prédios e sem estacionamento. Na Alemanha, ano passado, havia pelo menos três praças nessas condições. A começar pelo maravilhoso Olympiastadion, no centro de Berlim. Tanto quanto a Baixada e o Alto da Glória.”

Esta é a diferença entre a opinião de quem esteve lá e sabe como as coisas funcionam e a de quem quer se valer de um livrinho de orientações para que seus próprios interesses prevaleçam perante o interesse público.

Sem falar que Morumbi, Maracanã e Beira-Rio, que também estão na disputa para sediar jogos do Mundial, ficam igualmente em zonas residenciais com altos índices demográficos.

E agora, Gomyde vai se basear em quê???

Agora, Paraná Clube também quer sediar a Copa

A Gazeta do Povo de hoje traz duas notícias sobre a movimentação em torno da Copa de 2014 em Curitiba. A primeira dá conta de que Onaireves Moura e Giovani Gionédis assumiram de vez a parceria para (re)construir o Pinheirão, que antes tentavam esconder, e viajaram juntos hoje para Rio e São Paulo. De acordo com o jornal, está sobrando investidor para o projeto. Cada um dos cartolas tem o seu grupo parceiro disposto a investir milhões de dólares.
Se é difícil de acreditar nesta primeira notícia, a segunda pelo menos nos faz rir um pouco: o Paraná Clube também vai entrar na briga para sediar o Mundial, e vai indicar ao governo estadual o Estádio Érton Coelho de Queiroz, a popular "Vila Olímpica", no Boqueirão.

sábado, 12 de maio de 2007

Sem poder deixar o país, Onaireves manda "aspone" para evento em Portugal

Segundo a Tribuna do Paraná deste sábado, o projeto de construção do Novo Pinheirão será apresentado durante o Seminário Internacional sobre Construção e Gestão de Modernos Estádios de Futebol, que acontecerá na próxima semana em Lisboa, Portugal. A reportagem conta que a FPF será representada pelo engenheiro civil Cyrus Itiberê da Cunha, diretor financeiro da entidade, "em virtude dos conhecimentos técnicos como engenheiro".
Na verdade, o motivo é outro. Onaireves Moura queria muito estar presente ao evento e aparecer na mídia, mas viu-se obrigado a enviar um "emissário" por um motivo muito simples: com diversos processos contra si em tramitação (veja lista no site da Justiça paranaense), ele não pode deixar o país por determinação judicial.
Aniversário
Aliás, ontem (11/05) completou exatamente um ano que Onaireves deixou o presídio do Ahu (veja foto), onde ficou detido por dois meses no ano passado devido a um rolo com um bingo de sua propriedade. Esta foi a última passagem dele pelo xilindró, pois já esteve preso em outras ocasiões. Neste processo, Moura é acusado de sonegação fiscal e formação de quadrilha (clique aqui para relembrar o caso).
Enquanto isso, apoiado pelo presidente da Paraná Esporte, Ricardo Gomyde, o presidente da FPF segue tramando seus planos para levar a Copa de 2014 para o Pinheirão... mesmo tendo que enviar "aspones" para eventos importantes relacionados ao tema.

Pinheirão pode ser devolvido para o município

Deu na edição desta sexta na Tribuna e no Estado do Paraná:
Câmara questiona doação do estádio da FPF

A Câmara Municipal de Curitiba voltou a questionar as condições do Estádio do Pinheirão. No documento, aprovado por unanimidade, o líder do prefeito na Casa, Mario Celso Cunha, está cobrando cumprimento de todos os artigos da lei 3583/69.

Sancionada pelo então prefeito Omar Sabbag, a lei estabeleceu doação da área de 64 mil metros quadrados para a FPF construir o estádio e também previu uma série de contrapartidas, mas que não foram cumpridas. O descumprimento pode implicar na transformação do Pinheirão em estádio municipal. “Todos sabem da situação de inadimplência e precariedade de estrutura do Pinheirão para abrigar jogos da Copa, comparado aos padrões exigidos pela Fifa”, contestou Cunha, que pede respostas imediatas sobre a vigência da lei, suas possíveis alterações e o cumprimento da FPF.

O vereador também quer saber sobre a situação devedora quanto aos impostos municipais. O pedido de informações ainda dá base legal a outra decisão: a da Procuradoria Geral em reclamar a devolução do estádio para o município, considerando o não cumprimento da legislação e das mais de 15 ações de execução fiscal contra a FPF impetradas desde 1992.

Indicação
- A contestação dos vereadores teve origem na indicação do Pinheirão à CBF, pelo governador Roberto Requião, como sub-sede para a Copa de 2014, caso o Brasil seja o indicado pela Fifa pra sediar a competição. Requião foi convencido pelo presidente da Paraná Esportes, Ricardo Gomyde. Para Cunha, “a indicação do estádio foi um equívoco e o pedido de informações mostrará a situação inconsistente do Pinheirão para ser sub-sede”. Através do documento, serão levantadas as questões pendentes do estádio, especialmente os débitos de impostos.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Comovente

Deu na coluna de hoje do jornalista Fábio Campana:

"É comovente a ansiedade da tigrada que se mobiliza para indicar o Pinheirão para a Copa de 2014. Onaireves Rolim de Moura se articula com cartolas do poder público, liderados por Maurício Requião, na esperança de que pinte em suas vidas a construção de um novo estádio pela bagatela de R$ 50 milhões."

terça-feira, 8 de maio de 2007

Governo do estado divulga denúncias contra Gionédis

Fica cada vez mais difícil de acreditar que o governador Roberto Requião tenha autorizado o presidente da Paraná Esporte, Ricardo Gomyde, a indicar um projeto capitaneado pelo presidente do Coritiba, Giovani Gionédis (na foto, ao centro), como opção de estádio para a realização da Copa do Mundo de 2014 em Curitiba.

A edição de hoje da "Escola de Governo" - reunião entre o governador, secretários de estado e funcionários públicos realizada toda manhã de terça-feira - foi destinada quase que inteiramente para relembrar os casos de corrupção envolvendo membros do governo Jaime Lerner (1995-2002). O secretário da Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari, apresentou um relato de mais de vinte ações e sentenças de casos de desvio de dinheiro público durante a gestão Lerner, que, juntas, somam mais de R$ 5 bilhões de prejuízos e ações de ressarcimento ao Tesouro do Estado.

Gionédis foi citado em pelo menos duas destas ações. A primeira delas diz respeito à venda de ações da Sanepar, quando Gionédis era secretário da Fazenda. Segundo a denúncia, acordo que resultou na transferência de 39% das ações do grupo paranaense para a Dominó Holdings (o que pe proibido por lei) foi autorizado por Gionédis, mesmo sem ter competência para tal.

A segunda trata de uma denúncia contra a direção do Banestado. Entres os réus estão Giovani Gionesdis, ex-presidente do Conselho de Administração do banco, e Airton Antônio Daré, da empresa Bauruense Serviços Gerais. Segundo a denúncia, Gionédis teria solicitado, em meados de 1998, R$ 1 milhão da empresa Bauruense, sob o pretexto que o dinheiro seria utilizado como contribuição para campanha eleitoral da época.

Oito cheques teriam sido entregues a Gionédis, com “laranjas” como beneficiários. Gionédis teria então determinado que Alaor Alvim Pereira e a Gabriel Nunes Pires, ambos diretores do banco à época, sacassem a quantia na tesouraria do Banestado. De acordo com a ação 2004.7000037746-2, Gionédis recebeu o dinheiro. Da mesma ação consta denúncia relativa ao ressarcimento realizado pelo Banestado a Bauruense, no valor de R$ 1.967.323,58.

Delazari citou ainda outros casos de corrupção no Banestado referentes à época em que Gionédis presidia o Conselho de Administração.

O governo do Estado colocou todas as denúncias na internet, em sua agência de notícias. Para ver o conteúdo, clique aqui.

* * *

Resta o que Ricardo Gomyde, que anda sumido da mídia depois que a indicação do Pinheirão à CBF como estádio ideal para sediar a Copa ter sido "bombardeada", está pensando em fazer para sair desta enrascada.

Chuteira da vergonha

A "seleção" de autoridades, de Moura a Milton Neves: sem credibilidade
O jornal Diário Popular, de Curitiba, entregou ontem o troféu "Chuteira de Ouro" aos destaques do campeonato paranaense. O tradicional prêmio, criado em 1976, há muito deixou de ser um evento esportivo, transformando-se num jogo de interesses e reunindo boa parte do meio político estadual - justo aqueles usam o esporte como forma de angariar votos.
Sem contar que a premiação é promovida por um jornal de circulação mínima, e que se utiliza de acordos com o erário público para manter-se vivo - um exemplo clássico de imprensa marrom.
Na cerimônia de ontem, para se ter uma idéia, compunham a "mesa de honra" figuras como Onaireves Moura, Paulo Pimentel, Luizão Stelfeld, Deonílson Roldo, Algaci Túlio e Renato Barroso. Se a PF decide realizar uma "Operação Chuteira" no evento, teria tido muito trabalho.
Mas o ápice da noite ficou com a premiação do "jornalista" Milton Neves como "melhor cronista esportivo" do ano. Uma brincadeira de mau gosto, uma afronta não só à imprensa local mas a todos os paranaenses. Este cidadão já desacatou a instituição Atlético Paranaense tantas vezes, bem como sua torcida e diretoria, que chegou a ser considerado persona non grata em Curitiba.
Depois dessa, a abominável premiação de ontem à noite em Curitiba vai ficar para sempre marcada como a noite da Chuteira da Vergonha...

domingo, 6 de maio de 2007

Onaireves "some" com dinheiro da TV

Os clubes que participaram do Campeonato Paranaense ainda não viram a cor do dinheito pago pela Rede Paranaense de Comunicação (RPC). Segundo reportagem deste sábado da Tribuna do Paraná, embora a RPC já tenha feito o pagamento, uma empresa ligada a Onaireves Moura e à Federação Paranaense de Futebol não repassou nenhum centavo aos clubes - que arcaram sozinhos com os custos da competição. Veja a reportagem:
FPF não repassa dinheiro da TV aos clubes
Carlos Simon [05/05/2007]
O que já era ninharia, virou nada e agora transformou-se em dívida. Por incrível que pareça, até agora os clubes pagaram do bolso pela transmissão de TV do Campeonato Paranaense. Além de não terem recebido as míseras cotas, alguns dos participantes do Estadual 07 não foram ressarcidos pelos investimentos feitos na transmissão do torneio pela internet.
Os direitos de transmissão do Paranaense 2007 foram vendidos por pouco mais de R$ 300 mil à Rede Paranaense de Comunicação (RPC). A RPC informou ontem que todos os compromissos foram cumpridos. A verba foi depositada na empresa Comfiar, ligada a Onaireves Moura, que administra também a FPFTV, responsável pela transmissão do Estadual via web. Mas até agora o dinheiro não entrou nos cofres dos clubes. E a maioria dos presidentes sequer tem esperança de ver a cor da grana. "Ainda não sabemos se haverá valor a ser repassado. Assim como não recebemos um centavo pela transmissão de 2005 e 2006. Aguardamos uma prestação de contas ao final do Estadual, mas numa dessas teremos que pagar", ironiza o presidente do Rio Branco, José Carlos Possas.
"Os acordos são malfeitos e fica por isso mesmo", completa o presidente do Adap Galo, Marcos Falleiro, que também não recebe nada pelos direitos de transmissão desde 2005.
Pior, algumas equipes de fato desembolsaram pela transmissão. Segundo a FPF, os clubes concordaram em custear a FPFTV com os direitos da TV aberta. Mesmo fazendo parte da comissão de clubes que trata da gestão dos recursos da FPFTV, o Cianorte, por exemplo, ignora se receberá o dinheiro da RPC e mesmo se será ressarcido pelo investimento prévio, feito no ano passado, para os gastos da FPFTV. "Todos concordaram em pagar, mas nada foi documentado e nem todos cumpriram. Pagamos cota de R$ 12 mil. Precisamos verificar se haverá o reembolso", espera o presidente do clube, Marcos Franzato.".
PS: E os clubes ainda autorizaram o Onaireves a utilizar uma empresa com o nome "Comfiar" para negociar as cotas de TV?? Fala sério.... Tem gente que não aprende mesmo.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Paraná Esporte dá calote de R$ 1,5 mi em municípios

O governo do Estado, através da Paraná Esporte, presidida por Ricardo Gomyde (na foto com o o governador Requião), não transferiu a verba da Lei Pelé, repassada pelo governo federal, para os municípios paranaenses em 2005. A irregularidade foi apontada por um relatório da Controladoria Geral da União (CGU) e noticiada na edição de hoje do jornal O Estado do Paraná.

A CGU realizou trabalhos de auditoria em 12 estados. De acordo com o relatório, a Paraná Esportes recebeu entre 1.º de janeiro e 31 de dezembro de 2005 o montante de R$ 3.007.203,78 referentes à Lei Pelé. O dinheiro faz parte de um programa que visa viabilizar financeiramente os projetos estaduais e municipais de incentivo ao esporte. A auditoria explica que “o departamento financeiro da Paraná Esporte deveria transferir aos municípios paranaenses metade - R$ 1,5 milhão - dos recursos recebidos.” “Mas os recursos não foram transferidos”, conclui.

A auditoria relata que ao questionar a administração estadual sobre o repasse aos municípios obteve como resposta “que o Estado não efetua repasse de verbas próprias (ou seja, dos 50% destinados às secretarias estaduais) para os municípios”. “Quanto aos 50% destinados aos municípios, obtivemos a informação de que tais recursos não são geridos pelo governo estadual”, detalhou o documento.

E não é só

A CGU constatou também problemas em outros três procedimentos da Paraná Esporte, porém aceitou a justificativa da autarquia para todas as questões. O primeiro deles foi a falta de licitação para compra de alimentos para o Projeto “Segundo Tempo”. A auditoria concluiu que é mais econômico comprar de fornecedores locais do que licitar apenas um e gastar depois com transporte.

Outro questionamento apontado pela auditoria foi o preenchimento incorreto de notas fiscais. A Paraná Esporte afirmou à CGU que vai verificar a questão, mas que trata-se “de erros no preenchimento”. A falta de extrato do contrato de um pregão eletrônico realizado pela autarquia também foi questionada. Porém, a CGU considerou que isso não traz problemas.

OUTRO LADO: Em nota burocrática, Paraná Esporte diz que a CGU está errada.