sexta-feira, 29 de junho de 2007

Mais um rolo na FPF?

Matéria publicada hoje na Tribuna do Paraná:

Mais bronca na Federação Paranaense de Futebol

Onaireves Moura já está fora, mas nem por isso a Federação Paranaense de Futebol terá vida fácil na capital administrativa do futebol brasileiro. O procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva - STJD, Paulo Schmitt, diz ter indícios de que a Federação montou um documento irregular para o julgamento de quarta-feira.

Trata-se de uma resolução de diretoria assinada em 8 de maio de 2007, que definia a distribuição de verbas dos jogos de competições nacionais, entre a FPF e a Comfiar. “A assinatura é posterior à apresentação da denúncia. Além disso, a matéria é de competência exclusiva da CBF. É um fato grave e que merece ser apurado”, falou o procurador, um dos principais críticos de Moura. Schmitt também sugeriu que o cargo de presidente da FPF seja declarado vago, já que a suspensão imposta a Moura (seis anos) é superior ao tempo restante para o final de mandato (dez meses).

O Estatuto da FPF, porém, não trata do assunto especificamente. O artigo 39 diz apenas que vagando o cargo de presidente, um dos cinco vices será eleito entre eles para assumir a direção até o final do mandato. Em qualquer momento, os vices podem convocar uma assembléia extraordinária com todos os filiados, para antecipar as eleições.

A CBF também estuda a possibilidade de determinar uma intervenção na FPF, mas deverá aguardar alguns dias pela definição da sucessão. Esta hipótese poderá ser “guardada” para o caso de Moura conseguir voltar ao cargo através da Justiça Comum.

O difícil agora é achar um nome de consenso

Coluna de Augusto Mafuz, hoje, na Tribuna:

Sobrevivente

O melhor para Onaireves Rolim de Moura é sair de cena.

O processo no STJD pode até ter sido iniciado por uma razão política, pois era inédito a Justiça Desportiva investigar o comportamento de dirigentes de uma federação.

Mas a decisão que o afastou, não o foi, passando bem longe do caráter político. Foi rigorosamente jurídica, baseada em provas de que a administração foi desviada para fins ilícitos. Nada que surpreenda, mesmo inédita, em razão de que o STJD tem no comando Rubens Aprobato Machado, que antes de ser exaltado como jurista, deve ser recomendado como uma pessoa de bem.

O STJD fez o seu papel: de bandeja entregou a cabeça e a alma de Moura, rompendo a rede que manipulou interesses durante 22 anos.

E o que o futebol paranaense fará?

Não encontro nenhuma referência que sirva, pelo menos, como um princípio para a solução. É que qualquer posição que interesse ao Atlético, não interessa ao Coritiba e ao Paraná, como se o alcance do bem não fosse um interesse comum. Se houvesse uma associação de interesses, era a grande oportunidade do futebol paranaense inovar.

O futebol profissional seria desvinculado do futebol amador como ocorreu com a CBF, que foi o braço mais importante tirado da Confederação Brasileira de Desportos, a extinta CBD.

O consórcio de interesses neste momento seria mais relevante do que o nome do futuro presidente. Quando se tem um objetivo comum, a escolha de quem exercerá a representação se torna mais fácil. Tomem como exemplo a Federação Paulista de Futebol. Os clubes cansados de Farah escolheram por unanimidade Marco Polo Del Nero. O resultado está aí: vendem o campeonato paulista para a televisão por setenta milhões de reais. No próximo ano, serão 100 milhões.

O mais grave é que a desunião não é provocada pela rivalidade, mas por incursões pessoais. Giovani ignora Miranda, que acha Petraglia prepotente. Forma-se uma espiral de excessos: vaidade, orgulho e disputa pelo poder.

O único nome de consenso é o de Joel Malucelli.

Foi presidente do Coritiba, tem relação com o Atlético, ajuda o Paraná e é neutro em matéria desportiva em razão do J. Malucelli. Se não houver uma renúncia aos interesses individuais, não será surpresa se a cabeça de Moura pular da bandeja e sair correndo de volta ao Tarumã.

Não se pode desprezar o passado. Moura sempre sobreviveu.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Imprensa começa a especular nomes de candidatos para a FPF

Com Onaireves Moura afastado do futebol por seis anos, a imprensa começa a especular os nomes de seu substituto na Federação Paranaense de Futebol. Na verdade, a situação da entidade é a seguinte:
  • O presidente em exercício, Aluízio José Ferreira, deve terminar seu "mandato-tampão" de 60 dias - ou seja, mais um mês no cargo.
  • Depois disso, segundo o estatuto da FPF, os vice-presidentes devem se reunir e eleger, dentre eles próprios, um novo presidente para ficar no cargo até o final do mandato, em abril de 2008.
  • Isso se não houver uma intervenção por parte da CBF, como já chegou a ser veiculado na imprensa. Assim, a confederação indicaria algum nome de confiança para terminar o mandato e botar ordem na casa.
  • Somente em fevereiro do ano que vem é que ocorrem as eleições na FPF. E é para este pleito que começam a aparecer os candidatos.
Os nomes
Segundo a Tribuna do Paraná desta quinta, aparecem como nomes fortes os presidentes do Paraná Clube, José Carlos de Miranda, e do J. Malucelli, Joel Malucelli. “Por que não? Há 30 anos a federação é presidida por atleticanos. Está na hora de um paranista. Recebi uma série de pedidos para entrar na disputa”, falou Miranda ao jornal. Já Joel, segundo o jornal, tem bom trânsito nos três grandes clubes da capital e é considerado administrador de competência.
A Tribuna lembra ainda que a sucessão ainda pode ter o dedo da CBF, que deseja um dirigente isento para conduzir a candidatura paranaense à Copa de 2014. Assim, ganha força o nome do presidente do Londrina, Peter Silva, alinhado com Ricardo Teixeira.
O jornal ainda aposta que o governo do Estado pode entrar no jogo e avalizar um nome - o atual presidente da Paraná Esporte, Ricardo Gomyde, já foi cogitado para o cargo, embora não tenha declarado oficialmente a intenção de ocupá-lo. Mas, ao que parece, esta hipótese está descartada: o governador Roberto Requião não está nem aí para o que se passa na FPF.
O advogado Lourival Barão, auditor do TJD, seria outro pré-candidato. E Domingos Moro corre por fora.
Ainda segundo a Coluna do Boluca de ontem, também na Tribuna, o presdidente do Coritiba, Giovani Gionédis, também estaria interessado em concorrer ao cargo. Gionédis foi aliado de Onaireves no intuito de indicar o Pinheirão como sede da Copa 2014, além de já ter dito que pretende fazer do estádio a nova "casa" do Coritiba.
***
Por enquanto são somente especulações, mas os nomes de Peter Silva, Joel Malucelli e Domingos Moro são os melhores, sem dúvida. Peter porque, além de ter o respaldo da CBF, vem do interior e não teria problema com nenhum clube da capital. Já Joel Malucelli, apesar de ter sido presidente do Coritiba, é um empresário de sucesso que já mostrou ser um ótimo administrador, tanto em suas empresas quanto no clube de futebol que fundou, o J. Malucelli (ex-Malutrom). Já Moro não tem muita experiência administrativa, mas entende muito de Justiça Desportiva e tem trabalhado como advogado para todos os clubes paranaenses.
O resto... bem, o resto só pode ser piada de mal gosto.

Presidente do STJD sugere intervenção na FPF

A condenação final de Onaireves no STJD, ontem à noite, foi acompanhada de um duro pronunciamento do presidente do tribunal. Ao justificar seus votos, Rubens Approbato Machado disse que a Justiça Desportiva não poderia silenciar ante à série de denúncias e desmandos na Federação Paranaense de Futebol e defendeu que a entidade paranaense tivesse as portas abertas e sua administração inteiramente revista. As informações são da Tribuna do Paraná.
Agora, os cinco vice-presidentes da FPF devem escolher, entre eles, um substituto até o final deste mandato (abril de 2008). Mas a posição de Approbato reforça a hipótese de intervenção na FPF, preparada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Neste caso, um interventor seria nomeado para gerenciar a entidade até a convocação de novas eleições.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Justiça Desportiva livra o futebol paranaense de Onaireves por 6 anos

Agora é definitivo. O pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva julgou nesta noite os recursos protocolados pelo advogado Vinicius Gasparini contra as punições impostas ao presidente licenciado da FPF, Onaireves Nilo Rolim de Moura.
Onaireves começou bem a noite. Conseguiu ser absolvido no processo 091/07 (motivado por uma charge colocada no site da FPFTV que ironizava a derrota do Rio Branco nos tribunais), cuja pena era de 60 dias de afastamento.
Mas a "virada" parou por aí. No segundo julgamento da noite, o pleno do STJD decidiu, por maioria dos votos (7 a 2), negar o recurso impetrado e manter a suspensão de 3 anos imposta a Onaireves por infração ao artigo 238 do CBJD. Além disso os auditores mantiveram a multa de R$ 1 mil dada à FPF pela infração do artigo 232 do CBJD.
No terceiro processo, de número 100/7, que julgou Moura e mais quatro pessoas ligadas à Federação por infração ao artigo 238, o placar do segundo julgamento se repetiu e por 7 votos a 2 a pena inicial imposta pela Comissão Disciplinar de três anos de suspensão para Moura, Marcos Aurélio, Laércio Polanski e Cirus Itiberê foram mantidas. Carlos Roberto de Oliveira pegou 120 dias de suspensão.

Não há mais recurso na Justiça Desportiva, mas o advogado de Onaireves, Vinicius Gasparini, já disse que estuda partir para ações na Justiça Comum - fato que pode resultar em sanções à FPF e a todos os clubes filiados.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Documentos desapareceram da Federação

A cada dia a situação da Federação Paranaense de Futebol e do presidente afastado Onaireves Nilo Rolim de Moura fica pior.
Segundo a Tribuna do Paraná de hoje, o Núcleo de Repressão contra Crimes Econômicos (Nurce), da Polícia Civil, não encontrou na sede da entidade todos os documentos que procuravam. Boa parte simplesmente “desapareceu”. Mas não foi por mágica. Segundo a reportagem, “nas últimas semanas, caixas de documentos foram retirados da sede da entidade, no Tarumã - uma prática pouco comum. O Nurce deverá apurar que fim tiveram esses papéis e os motivos do desaparecimento”.
Como diria Cid Moreira: “E agora, Mister M?”
Mandado
A polícia já havia solicitado a entrega voluntária dos documentos, mas não foi atendida - daí o pedido do mandado de busca e apreensão. O advogado da FPF, Vinícius Gasparini, alegou que o afastamento de alguns funcionários da entidade pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva atrapalhou a entrega dos documentos. Mas apenas três dirigentes da FPF foram punidos pelo STJD, enquanto a entidade, segundo seu próprio site, tem nada menos do que 36 dirigentes, entre diretores, conselheiros e presidentes de comissões, além de dezenas de funcionários. O que torna essa desculpa bastante esfarrapada.
O delegado-adjunto do Nurce, Robson Barreto, segundo a reportagem, preferiu não dar detalhes da investigação, como a possibilidade de indiciamento criminal de Moura ou outros dirigentes da FPF.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Polícia cumpre busca e apreensão na FPF

Matéria publicada na Agência Estadual de Notícias:

Polícia apreende documentos na Federação Paranaense de Futebol

O Núcleo de Repressão contra Crimes Econômicos (Nurce) cumpriu, na manhã desta segunda-feira (25), mandado de busca e apreensão na Federação Paranaense de Futebol (FPF), no bairro Tarumã, em Curitiba (foto).
Segundo o delegado-adjunto do Nurce, Robson Barreto, foram apreendidos balancetes, atas, listas de funcionários da Federação, entre outros documentos. “Investigamos a Federação desde maio. Na sexta-feira, foi expedido o mandando de busca e apreensão, que cumprimos hoje”, disse.
De acordo com o delegado, o ex-presidente da FPF Onaireves Rolim de Moura é suspeito de fraude contra credores, apropriação indébita e sonegação fiscal. A polícia suspeita que Moura instituiu a Comissão Fiscalizadora de Arrecadação, para não pagar os credores da federação. A comissão teria o objetivo de fiscalizar toda renda de público dos jogos de futebol no Paraná. Segundo a polícia, a Comissão foi criada em 1994, mas só começou a funcionar no ano passado.
Arrecadação

Barreto explicou que, em cada jogo do campeonato brasileiro, a FPF recebe 5% da arrecadação e, em cada jogo do campeonato paranaense, o órgão recebe 10% do total arrecadado. Segundo Barreto, metade desse dinheiro iria para FPF e a outra parte iria para a comissão. “No entanto toda arrecadação deveria ir direto para os credores”, contou o delegado.
Ainda de acordo com a polícia, todo dinheiro das arrecadações estaria penhorado, o que impossibilitaria a divisão com a comissão.
“A suspeita é de que houve desvio de verbas nas arrecadações em todos os jogos do campeonato brasileiro deste ano que aconteceram no Paraná e em todos os jogos do campeonato paranaense”, contou Barreto. A polícia informou que os documentos apreendidos passarão por auditoria, que mostrará se foram cometidas irregularidades.

* Post atualizado às 15h25

CBF prepara intervenção na FPF

Reportagem da Tribuna do Paraná de sexta-feira:
Silenciosamente, a Confederação Brasileira de Futebol - CBF - prepara uma intervenção na Federação Paranaense de Futebol. Confirmada a suspensão do presidente licenciado da entidade, Onaireves Moura, a entidade gerenciadora do futebol brasileiro nomeará um diretor-tampão para coordenar a transição para o próximo mandatário.
Na CBF, ninguém fala oficialmente antes da sentença definitiva do caso Moura. O recurso do julgamento da 3.ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) será julgado na próxima quarta-feira. A primeira suspensão, de seis anos e dois meses, pode até aumentar na semana que vem.
Mas, a pedido do presidente Ricardo Teixeira, o departamento jurídico da CBF estuda uma forma de temporariamente ditar as regras na Federação Paranaense. Uma suspensão por tão longo tempo é inédita entre presidentes de federações, o que exige a avaliação da forma adequada de intervir administrativamente na entidade paranaense. Apesar de poder suspender ou até eliminar um dirigente, o STJD não tem meios legais de determinar uma intervenção.
A intenção da CBF é evitar que Moura mantenha algum poder através de ordens dadas a seus vice-presidentes, como ocorre atualmente. O estatuto da FPF manda que, em caso de afastamento do presidente, os vices decidam entre eles quem concluirá o mandato. O interventor teria a função de “ajeitar a casa” até o final da atual gestão de Moura, em abril de 2008, quando seriam convocadas novas eleições.
O interesse de Teixeira pela situação da FPF tem relação com a Copa do Mundo de 2014. O presidente da CBF pretende incluir Curitiba entre as subsedes do Mundial, mas quer um aliado à frente da FPF para não atrapalhar a preparação para o evento.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Só os avestruzes dão alegrias a Onaireves

Trecho da coluna de Augusto Mafuz, hoje, na Tribuna:
Onaireves Moura continua inconsolável pela perda do mandato da presidência da Federação Paranaense de Futebol.
O mais grave é que acredita nos fantasmas que ele próprio criou. Por isso não tem mais residência fixa.
Quando está em Curitiba, não dorme duas noites no mesmo hotel. Apesar dos traumas tem esperança de reverter a suspensão no recurso do Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
E não perde a pose. Está de carro novo, comprado e com dinheiro. Muito dinheiro, aliás, depois da espetacular venda de carne de avestruz que o seu frigorífico, em Santa Catarina, fez para uma rede de supermercados de Curitiba.
E aos amigos, ri, e copiando Ibrahim Sued, diz: “A vida sem o supérfluo não vale nada”.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Campeonato Paranaense que se preze é assim: vai para o tapetão mesmo antes de começar

Se o Campeonato Paranaense de 2007 enfrentou diversos problemas com a justiça desportiva antes mesmo de começar, o de 2008 está batendo um recorde mundial de incompetência: sete meses antes de seu início, a competição já está sendo questionada no "tapetão".
Para quem não lembra, no ano passado uma pendenga entre Toledo e Engenheiro Beltrão para assumir a vaga do desistente União Bandeirante na primeira divisão foi parar nos tribunais e quase atrasou o início do campeonato. A FPF insistia em convidar o Toledo, que havia sido rebaixado no ano anterior, enquanto o STDJ entendeu que o Beltrão, quarto colocado na divisão de acesso em 2006, teria direito à vaga (para relembrar o caso, clique aqui). Com isso, a Federação divulgou uma nova tabela a apenas 12 dias da primeira rodada. Mas não foi só: antes de terminar a primeira fase, uma verdadeira guerra nos tribunais voltou a ameaçar a competição. Teve de tudo: desde vitória por WO a time que disputou duas partidas em menos de 48 horas. Uma lambança em cima da outra.
Já para 2008, o problema deu-se devido a mudanças no regulamento da competição que não poderiam ter sido feitas. Amparados no Estatuto do Torcedor, Atlético e Engenheiro Beltrão protocolaram no Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) um mandado de segurança contra o arbitral que definiu a fórmula de disputa do Paranaense.
O arbitral realizado no dia 29 de maio decidiu pela alteração do sistema de disputa empregado neste ano, mas o Estatuto do Torcedor proíbe a mudança do regulamento da competição antes de dois anos de vigência do mesmo, a menos que haja a aprovação para tanto no ano anterior do Conselho Nacional do Esporte - o que não aconteceu. Em vez de repetir o sistema utilizado neste ano (mais longo, em quatro fases), foi estabelecido que o regional do ano que vem seria disputado em apenas duas etapas, a primeira com todos jogando entre si em turno único e a segunda com os oito melhores classificados também em turno único.
Segundo disse o presidente do Engenheiro Beltrão, Luiz Linhares, à Gazeta do Povo, a nova rixa no tapetão não foi iniciada por falta de aviso. “Alertei sobre o problema do Estatuto no arbitral, mas fui ignorado”, disse o dirigente, que foi voto vencido na reunião. Já o Atlético não participou do arbitral. De acordo com Linhares, outros clubes que divergiram da maioria foram contatados, mas no final apenas o Engenheiro e o Atlético toparam levar o caso aos tribunais.
* * *
Depois os clubes não sabem porque as redes de TV oferecem ninharias pela transmissão do "excepcional" Campeonato Paranaense. E ainda jogam a culpa sobre as emissoras. Se alguém tem culpa, são os próprios clubes e a FPF. Primeiro, por criar campeonatos mirabolantes que pouco atraem a atenção do público. Segundo, por aceitar as migalhas oferecidas pela mídia, ano após ano. Quem abre as pernas uma vez, vai abrir sempre. Então, que se contentem com as migalhas.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Exclusivo: quem ameaçou Onaireves de morte!

A polícia já tem pistas de quem estaria ameaçando de morte o presidente afastado da FPF, Onaireves Moura. Segundo as investigações, a suspeita recai sobre algum dos 500 investidores da empresa Top Avestruz/Centruz (foto), que aplicou, segundo o promotor Alberto Camiña Moreira, um golpe "semelhante ao golpe do boi gordo" em 2005. Na época, o promotor remeteu documentos ao Ministério Público Federal para instauração ação penal por crime do colarinho branco contra o responsável pela empresa - ninguém menos do que o próprio Onaireves.

Segundo Moreira, a Top Avestruz emitia valores mobiliários envolvendo captação de dinheiro público, sem autorização da CVM, o que configura crime contra o sistema financeiro nacional, cuja pena vai de 2 a 8 anos de cadeia e multa. E foi por este motivo que em abril de 2005 uma decisão do juiz Eduardo Rocha de Siqueira, da 28.ª Vara Cível da capital paulista, impediu a venda de novos contratos para a criação de aves da empresa. Na época a Top Avestruz tinha cerca de 500 clientes no Paraná, São Paulo e Santa Catarina, que saíram de bolsos vazios e sem uma pena de avestruz sequer...

Mas não é só! A polícia levanta também suspeitas sobre algum dos cerca de 100 funcionários das empresas Sport House Franquias Ltda e Bingo Campos Gerais Ltda. Segundo o Ministério Público Federal de Ponta Grossa, ambas pertenciam a Onaireves mas estavam registradas em nome de laranjas. De acordo com o MP, o valor de tributos federais sonegados pela quadrilha chegou a R$ 3.289.800,70. Com o fechamento das empresas, os funcionários ficaram sem emprego e não receberam suas obrigações trabalhistas.
Ou seja, preliminarmente a polícia já identificou ao menos 600 suspeitos. Mas a lista pode aumentar com o andar das investigações.
***
Obviamente, alguns trechos deste post são fictícios. A parte que narra o que ocorreu com a Top Avestruz e com os bingos de Ponta Grossa é verídica. Já as "investigações" sobre as supostas "ameaças de morte" a Onaireves são obra de ficção. Mas podem muito bem ter seu fundo de verdade... ou não?
Por exemplo, a Gazeta do Povo publicou, em 13/03/2006, uma reportagem sobre investidores que perderam dinheiro na Top Avestruz. Um deles havia investido R$ 120 mil no negócio de Onaireves.
É... Tem muita gente "p" da vida com Onaireves pelo Paraná afora...

O vira-casaca

Onaireves Nilo Rolim de Moura ficou conhecido nacionalmente quando era deputado nacional. Não pelos projetos apresentados ou por uma atuação política brilhante, mas por episódios negros da história do Congresso. Teve o mandato cassado por participar de um esquema de corrupção. Antes, chamou a atenção de todo o país por sua participação no processo de impeachment do então presidente da República Fernando Collor. Na noite anterior à votação, Onaireves reuniu a base aliada em sua casa para um jantar de apoio ao presidente. Com discursos inflamados, Onaireves e os demais presentes atentavam para a semelhança do impeachment com um "golpe de estado" e defendiam a manutenção de Collor do poder. No dia seguinte, em votação aberta e transmitida ao vivo para todo o país por várias cadeias de TV, Onaireves lascou um "SIM" a favor da cassação do presidente. Foi uma das maiores trairagens já vistas na política nacional.
Agora, vem à tona uma outra história de traição protagonizada por Onaireves. Em entrevista à Tribuna do Paraná, o ex-presidente da FPF Luiz Gonzaga da Motta Ribeiro criticou a falta de representatividade política do futebol paranaense e relembra o episódio: "A situação poderia ser outra. Em 1985, o Medrado Dias (João Maria, parnanguara que foi dirigente do Vasco da Gama, do Rio) era candidato à presidência da CBF, contra o Otávio Guimarães. Eu era o primeiro vice-presidente na chapa. O Moura estava conosco, inclusive lançou a candidatura do Medrado aqui em Curitiba. Mas na hora, virou a casaca. A eleição terminou empatada e o Otávio ganhou porque era mais velho. Se o Moura tivesse votado com a gente, teríamos ganho. Mas ele votou contra. Por quê? Isso só ele sabe."
Parece que a trairagem é, realmente, uma das especialidades de Onaireves.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Presidente do STJD não dá bola às denúncias de Onaireves

O presidente licenciado e afastado da Federação Paranaense de Futebol, acompanhado do diretor Almir Zanchi - ex-Coritiba -, encontrou-se ontem com o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Rubens Approbato Machado, no Rio de Janeiro. Segundo a Tribuna do Paraná desta sexta, Onaireves entregou documentos e diversas denúncias contra o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Mário Celso Petraglia, e o procurador-geral do tribunal, Paulo Schmitt.
O gesto seria a nova resposta agressiva de Moura a quem ele considera os principais responsáveis por sua iminente derrocada do comando da FPF. E, também, sua última chance de arrastar alguém para o mar de lama que criou, já que até agora todas as suas acusações foram rebatidas ou ignoradas.
Segundo a Tribuna, Approbato, que costuma receber dirigentes quando solicitado, não teria se sensibilizado com as denúncias, que incluíam uma cópia em DVD do depoimento de "Bin Laden Moura" exibido na quarta-feira para dirigentes de clubes e distribuído à imprensa. Alguns jornais e rádios de Curitiba, inclusive, chegaram a publicar parte do conteúdo do bizarro vídeo mesmo sem comprovar a veracidade dos documentos.
Ontem ainda o STJD informou que o julgamento do recurso do processo em que Moura foi condenado a seis anos e dois meses de suspensão deve ser marcado para 28 de junho. A data, porém, ainda não é oficial.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Fogo no circo

Trecho da Coluna do Mafuz de hoje na Tribuna:
O ex-presidente Onaireves Moura, já não tendo mais o que perder, quer botar fogo no circo. Tão logo seja julgado o seu recurso pelo STJD, e mantida a suspensão, irá à Justiça Comum para restabelecer o direito de exercer a presidência da FPF.
E é aí que o circo vai pegar fogo: a CBF já tem esboçado o texto de um ato administrativo, que suspende a Federação Paranaense de Futebol. A consequência deste ato alcançará, em tese, Atlético, Coritiba e Paraná, que ficarão impedidos de participar das competições nacionais. O caso Moura ainda nem começou.

Onaireves e asseclas afastados pelo STJD continuam a mandar na Federação

Saiu na Tribuna do Paraná:

Rotina da FPF permanece inalterada
Mesmo afastado, Onaireves Moura ainda dá as cartas na Federação Paranaense de Futebol. Embora não apareça na sede do Tarumã, o presidente licenciado determina os rumos da entidade a seu estafe de confiança.
A “eminência parda” de Moura desagrada até o presidente interino Aluízio Ferreira, que viu contrariadas algumas medidas planejadas para amenizar o clima entre os funcionários, incertos quanto ao futuro da Federação e ainda com os salários de maio a receber.
Além disso, alguns dos braços-direitos de Moura seguem trabalhando normalmente, mesmo afastados pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva. O superintendente Laércio Polanski comandou o arbitral do Campeonato Paranaense sub-20, na última segunda-feira, e ainda assina contratos de jogadores. Marcos Aurélio Rodrigues continua exercendo a função de diretor financeiro. Em 30 de maio, a 3.ª Comissão Disciplinar do STJD suspendeu ambos por dois anos, por causa das acusações de desvio de rendas de jogos envolvendo a empresa Comfiar, da qual eram diretores.
A permanência de ambos contraria o artigo 172 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Diretores suspensos por prazo são impedidos de exercer qualquer cargo em entidade de administração desportiva, caso da FPF. Apesar de os advogados de defesa terem entrado com recurso (ainda sem data para ser julgado), a pena já deveria estar sendo cumprida.

Onaireves Bin Laden

Reportagem de hoje na Tribuna do Paraná mostra uma nova faceta de Onaireves Moura. Para manter-se na mídia e tentar levar adiante às acusações que vem fazendo contra aquele a quem imputa toda a má-sorte que teve na vida, aquele que julga ser o responsável por suas prisões e pelo afastamento da FPF, Mário Celso Petraglia, Onaireves gravou um vídeo caseiro no melhor estilo "terrorista islâmico".
Dentre as acusações, um monte de "abobrinhas" e uma única denúncia que pode ter um fundo de veracidade: a de que o filho de Petraglia teria participação na empresa que instalou as cadeiras na Kyocera Arena - o que não é ilegal, desde que não tenha havido superfaturamento de preço. Na reportagem, o advogado Marcos Malucelli faz a defesa do clube. Confira:
Onaireves volta a atacar inimigos
Afastado temporariamente do futebol, Onaireves Moura não desistiu de atacar seu maior inimigo, aquele a quem imputa toda a má-sorte que teve na vida: Mário Celso Petraglia. Num almoço para dirigentes esportivos, o presidente licenciado da Federação Paranaense de Futebol divulgou um vídeo de 20 minutos em que denuncia de voz própria irregularidades supostamente cometidas pelo presidente do Conselho Deliberativo do Atlético.
"Prestigiaram" o evento, numa churrascaria do bairro Prado Velho, os presidentes José Carlos de Miranda (Paraná Clube) e Giovani Gionédis (Coritiba), representantes de clubes do interior, amadores e ligas de futebol, além de funcionários da FPF “intimados” a comparecer e assim manifestar pretenso apoio ao cartola. Exibido antes do almoço, o vídeo lembra declarações de terroristas suicidas - sem fundo nem identificação do local, apenas com a câmera fixa no rosto do homem-bomba. Moura, afônico por causa de uma gripe, começa revelando que a gravação deve-se às ameaças de morte que estaria sofrendo. Os responsáveis pelas supostas ameaças não foram revelados.
Depois, repete que a “perseguição” do dirigente atleticano ocorre desde 1995, quando teria rejeitado beneficiar o Furacão através do apito. Moura atribui a Petraglia grande parte dos enfrentamentos judiciais de sua carreira, como uma tentativa de impeachment da presidência da FPF, uma suspeita de assassinato em 97, a nomeação de um interventor na Federação no mesmo ano por dívidas tributárias, a prisão por sonegação fiscal decretada pela Justiça Federal em 2000 e, recentemente, o lacramento do Pinheirão e os três processos no Superior Tribunal de Justiça Desportiva que resultaram numa suspensão de 6 anos e 2 meses. Como se Petraglia pudesse influir diretamente na Justiça Desportiva e nos fóruns cível e criminal da Justiça Comum e como se os juízes tivessem mandado prender Onaireves sem prova alguma, "só porque o Petraglia mandou"...
Moura dispara ainda contra a lisura fiscal de Petraglia na gestão de suas empresas, de seus imóveis e do próprio Atlético. Quase todas as denúncias já haviam sido divulgadas em entrevista coletiva, mas desta vez o vídeo exibe trechos grifados de supostos documentos, que pretensamente respaldam as acusações. O vídeo tem até um momento hilário, quando Moura apanha do bolso e afasta o telefone celular que toca no meio do depoimento. No final, o dirigente da FPF afirma que o objetivo das denúncias é livrar o Atlético da influência de Petraglia.
O advogado e membro do Conselho Gestor do Atlético Marcus Malucelli, que já havia rebatido denúncias anteriores de Moura, afirmou à reportagem da Tribuna que o clube não se pronunciará antes de conhecer o conteúdo do vídeo.
Cadeiras: panos pra manga
Entre as inúmeras denúncias de Onaireves Moura, uma contesta a venda das cadeiras da Arena. Alguns registros confirmados pela reportagem da Tribuna mostram que a empresa que prestou serviços ao Rubro-Negro em 2004 tem ligação indireta com a família Petraglia.
O presidente do Conselho Gestor do Furacão, João Augusto Fleury, e o advogado do clube, Marcus Malucelli, negaram que a Kango do Brasil Equipamentos Esportivos tivesse vendido as cadeiras da Arena, conforme afirmara o presidente da FPF. Os dirigentes apresentaram a nota fiscal da compra de 20.500 cadeiras efetuada na Diepar Equipamentos de Escritório Paraná no valor de R$ 717 mil, emitida em maio de 2004. A instalação custou outros R$ 720 mil aos cofres rubro-negros.
De fato, a Diepar não tem representantes da família do mais importante dirigente rubro-negro - os donos da empresa são Jelmo Luiz de Medeiros e Mariza Medeiros. Mas Mariza é sócia de Mário Celso Keinert Petraglia, filho mais velho do presidente do Conselho Deliberativo do Furacão, na Kango do Brasil, empresa inscrita na Receita Federal em março de 2004. Cada um detém 50% do controle societário.
O site da Kango anunciava até a semana retrasada que “o estádio mais moderno da América Latina (Arena da Baixada, em Curitiba) só podia ter cadeiras Kango Sport: 21 mil unidades instaladas”.
O endereço da empresa na internet (www.kango.com.br) saiu do ar pouco depois da veiculação dos ataques de Moura. A Kango também havia divulgado no site que fornecera cadeiras para outros estádios, como o Mineirão, o Orlando Scarpelli, o ginásio de Brusque e o estádio da Portuguesa-RJ.
Procurado pela reportagem da Tribuna, Marcus Malucelli manteve a posição de que a Diepar não tem relação com a família Petraglia. “Mário Petraglia Filho não era sócio da Diepar quando firmamos o contrato. Mas até poderia ser. O que importa é que o preço e a mercadoria sejam bons”, disse o conselheiro rubro-negro. Malucelli reiterou que cada cadeira custou R$ 35, valor superior ao de outras similares por causa da qualidade do material.

Escritório desmente auditoria na Federação

Reportagem publicada na Gazeta do Povo:
Linha cruzada na auditoria
por NAPOLEÃO DE ALMEIDA
Onaireves Moura deixou a Federação Paranaen-se de Futebol há 15 dias. Suspenso por seis anos e dois meses, o ex-presidente, acuado antes do julgamento, afirmou que deixava a entidade para que uma auditoria investigasse supostas irregularidades envolvendo os borderôs que traziam registro de verbas para a Comfiar, empresa que administra a FPFTV. Mas um desencontro de informações esconde as intenções da Federação, presidida pelo vice Aluízio Ferreira, de ter pressa neste trabalho de averiguação.

Pela FPF, Ferreira foi enfático: “Já estão mexendo lá”. Ele se refere à empresa Étika Contábil e Auditoria, supostamente contratada para investigar as irregularidades. Mas o diretor da empresa, Rolando Bibow, desmente tal versão: a empresa não está trabalhando na auditoria. “O que a gente fez foi no final do ano passado. Agora não tem nada ainda. Só comentaram que ia ter a necessidade, mas não confirmaram”, disse. Aluízio Ferreira, no entanto, garantiu a atuação na sede da FPF quando perguntado novamente: “Sim, tranqüilo, ela (a auditoria) já está contratada”.
A empresa, além de desmentir a contratação, ainda rebateu: “Nós fazemos auditoria contábil. Me parece que o que é exigido agora é diferente”, contou Bibow
. A exigência é realmente mais que apenas checar balancetes. É comprovar o desvio de verbas da Associação dos Atletas Profissionais e de 5% das rendas, nos jogos do Paranaense, e 2,5%, em dois jogos do Brasileiro deste ano, para a Comfiar. Daí, checar o destino do dinheiro. A lei desportiva já puniu Moura, entendendo que houve adulteração. Mas na tese da FPF, tudo está certo. “Eu cheguei a ter acesso aos documentos”, afirmou Ferreira. “Não houve rasura. Nos campos que diziam CBF, foi escrito 5% para Comfiar. Mas esses campos não são utilizados”.
O presidente em exercício defende que, mesmo com a punição do STJD, a Federação (no caso, Moura) não fez nada de errado. “Foi tudo decidido em assembléia. Os clubes aprovaram e se eles quiseram, não vejo erro”. Aluízio Ferreira ainda disse que a Federação está com dificuldades. Penhoras não permitiram que os salários de funcionários fossem colocados em dia. “Estamos com problemas. Devemos pedir uma liminar para pelo menos garantir quem trabalha aqui”, disse.


terça-feira, 12 de junho de 2007

Gomyde e a tocha

Essa saiu no Hora H News:
Gomyde e a tocha

Requião não gostou de ver o seu secretário dos Esportes, Ricardo Gomyde (PC do B), mencionado na Gazeta do Povo envolvido na busca da tocha do Pan. "
Secretário meu não brinca com fogo, nem com tocha", disse o governador ao comentar o episódio da ida do secretário até o México, junto com o ministro comunista, Agnelo Queiroz, para buscar a tocha.
***

Gomyde, aliás, continua constando no site da Federação Paranaense de Futebol como titular no cargo de "Relações Governamentais".

E ele, fica?

Será que com o afastamento de Onaireves Nilo Rolim de Moura da Federação Paranaense de Futebol, o seu protegido, o famigerado "Nello" (foto) vai manter o ser carguinho de "relações públicas" na instituição mesmo sem aparecer lá no Tarumã para dar expediente?
Se quiser moralizar realmente a instituição, o presidente interino Aluízio José Ferreira deve começar imediatamente uma renovação no quadro de diretores e colaboradores.

Para relembrar quem é o famigerado "Nello", clique aqui.

Prefeitura vai pedir na Justiça a devolução do Pinheirão

Saiu hoje na Tribuna do Paraná:

Pinheirão deve ser devolvido à Prefeitura de Curitiba

Carlos Simon [12/06/2007]

Lacrado pela Justiça e mergulhado em dívidas, o Pinheirão está perto de ser incorporado pelo patrimônio público.

A Prefeitura de Curitiba diagnosticou o descumprimento de vários itens de uma lei de 38 anos atrás e cogita pedir a devolução do imóvel. No mês passado, ainda no calor da disputa por uma das subsedes da Copa do Mundo de 2014, o vereador Mário Celso Cunha (PSDB) entrou com pedido de informações a respeito do Pinheirão.

O parlamentar questionava o adequação do estádio à Lei Municipal 3.853, de 1969, que estabelecia uma série de contrapartidas em troca da cessão do terreno do estádio.

A Prefeitura respondeu, confirmando algumas das suspeitas do vereador. Conforme despacho assinado pelo prefeito Beto Richa (PSDB), a FPF jamais cumpriu a maioria das condições previstas na lei, como a construção de estádio para 120 mil pessoas, reserva de área para restaurantes e bares, transferência gratuitamente de área de 5 mil metros quadrados para uso do município, disponibilidade de área para escolinhas públicas de futsal e muitas outras.

O documento confirma também que a Lei 3.853 continua em vigência e sofreu apenas uma alteração, em 1974, quando o então prefeito Jaime Lerner autorizou a hipoteca do imóvel junto ao extinto Banestado. O artigo 13 determina que “em caso de não cumprimento das exigências contidas nesta Lei, o estádio e as áreas de terreno que integram o seu conjunto, inclusive benfeitorias e edificações, serão incorporadas ao Patrimônio Municipal, sem qualquer indenização à donatária”.

Desde a construção do estádio as exigências ficaram “esquecidas” pelo poder público. A Procuradoria-Geral do Município (PGM) ressuscitou a questão há dois meses, depois que a FPF entrou com ação contra a Prefeitura por desapropriação indireta. O município contestou a ação e uma perícia judicial não apenas negou a pretensão da FPF como observou que o estádio invadiu 5.664 metros quadrados de área pública. Na época, o procurador-geral Ivan Bonilha considerou a ação inicial da FPF uma provocação. O processo em que o município pede a devolução da área está em fase de sentença.

A PGM informou, através da Secretaria Municipal de Comunicação Social, que enviou notificação extra-oficial à FPF para saber se a entidade pretende cumprir os itens da Lei 3.583. O prazo para resposta termina na próxima sexta-feira. A PGM não antecipa o próximo passo, mas uma ação com objetivo de recuperar o terreno é a hipótese mais provável.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Investimento em Curitiba é "alarme falso"

O possível investimento de empresas européias em Curitiba para a Copa 2014, como noticiou a Gazeta Mercantil, na verdade não passa de "alarme falso". As empresas projetam investimentos no Paraná, mas em setores que nada têm a ver com o futebol. O esclarecimento foi feito ontem pelo jornal Gazeta do Povo:
Apenas um alarme falso. Assim pode ser definido o suposto interesse das empresas Wolfsburg AG, da Alemanha, e Nüesch Development, da Suíça, em investir R$ 3,1 bilhões em obras para a Copa do Mundo de 2014 em Curitiba, São Paulo e Salvador. Segundo reportagem publicada ontem pelo jornal Gazeta Mercantil, a holding formada pelos fundos de pensões das duas companhias injetaria esta quantia para erguer modernos complexos esportivos formados por estádios e hotéis.

Ontem à noite, a Gazeta do Povo entrou em contato com Moema Wertheimer, do escritório Moema Wertheimer Arquitetura, parceiro nacional da Wolfsburg AG e da Nüesch. Segundo a arquiteta, a holding européia chegou a ser procurada por outros estados para a captação de recursos à Copa de 2014, mas não pelo Paraná.

“Não fomos procurados por ninguém da área de Curitiba”, afirmou. Segundo ela, os parceiros estrangeiros têm interesse, sim, em investir na construção de um centro de pesquisa avançada em tecnologia na região da capital do estado.


Segundo Moema, a iminente realização do Mundial no Brasil já está movimentando o mercado europeu, que tem interesse em investir no país em virtude da competição. “O Brasil é um forte candidato, mas fraco em infra-estrutura. E os europeus têm uma visão mais ampla e estratégias diferenciadas. Sabem que um estádio não se sustenta apenas com jogos de futebol”, afirmou.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

6 anos e 60 dias livres de Onaireves

O site do STJD acabou de noticiar: em decisão da Terceira Comissão Disciplinar do STJD, o presidente afastado da Federação Paranaense de Futebol, Onaireves Moura, foi condenado a mais 3 anos de suspensão por infringir o Art 238 do CBJD. Agora, a pena final dos casos envolvendo o presidente afastado da FPF totaliza 6 anos e 60 dias de suspensão. Além disso, o diretor da FPF e presidente da empresa Comfiar, Cyrus Itiberê da Cunha, pegou dois anos de gancho.

Leia a íntegra do resultado:

"Processo 032/07, resultado do julgamento: Multar a FPF em R$ 1000,00 por infração ao Art 232 do CBJD. Suspender por 3 anos, Onaireves Moura, Presidente da FPF, por infração ao Art 238 do CBJD, sendo absolvido quanto a imputação ao Art 234 do CBJD. Suspender por 120 dias, Carlos Roberto de Oliveira, por infração Art 239 do CBJD, suspender por 2 anos, Cirus Itiberê da Cunha, Marcos Aurélio Rodrigues e Laercio Polanski, por infringirem o Art 238 do CBJD."

Onaireves volta hoje ao banco dos réus e pode pegar mais seis anos de "gancho"

Deu na Gazeta do Povo:

Hoje à tarde, no Rio de Janeiro, o presidente licenciado da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Onaireves Moura, senta novamente no banco dos reús do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) – outros quatro dirigentes da FPF estão implicados no caso, assim como a própria entidade. O processo trata da empresa Comfiar que, segundo a denúncia do tribunal, recolhia indevidamente 2,5% da renda dos jogos envolvendo clubes do estado.
Formada pela maioria dos clubes da Série Ouro do Campeonato Paranaense, era destinado à Comfiar 5% do que a FPF tinha direito sobre os borderôs. A acusação é que se trataria de uma manobra para burlar a penhora do porcentual de renda da entidade. Moura foi incurso nos artigos 234 (falsificação, de 680 a 720 dias de suspensão) e 238 (receber vantagem indevida, dois a quatro anos de suspensão) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
O julgamento deveria ter acontecido na semana passada. Entretanto, o relator do STJD, Luís Tavares Corrêa Meyer, pediu mais tempo para analisar os documentos apresentados pela defesa. E após essa apreciação, vai proferir seu voto na sessão marcada para às 13 horas junto da Terceira Comissão Disciplinar. “Apresentamos toda a documentação necessária, comprovando que a empresa está prevista no estatuto da federação”, aponta Vinícius Gasparini, advogado de Onaireves Moura.
Caso receba a pena máxima nos dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva em que foi implicado (234 e 238), Onaireves Moura pode ser suspenso por seis anos. Somando este tempo à pena já recebida de três anos e dois meses, o presidente licenciado da FPF poderá ficar afastado do futebol por até nove anos.
Além deste caso, Moura tem pendente dois recursos no STJD. Na segunda-feira, Vinícius Gasparini deu entrada no pedido de revisão das duas penas impostas pelo tribunal que resultaram em três anos e dois meses de suspensão. A primeira em virtude da charge veiculada no site da FPFTV, e a outra sobre a falta de recolhimento de 1% das rendas à Associação dos Atletas Profissionais (FAAP). Os recursos devem ser julgados dentro de duas semanas.

A fúria cega de Onaireves

A diretoria do Atlético fez publicamente ontem, em entrevista à rádio Banda B, sua defesa às acusações de Onaireves Moura. Os argumentos de Onaireves foram tão facilmente desarmados que fica muito claro que o presidente licenciado da FPF quer vingança a qualquer custo e, inconformado em ter que largar o osso após 22 anos, quer ver também punidos aqueles que considera como "inimigos".
Por exemplo, a "denúncia" de Onaireves sobre o recolhimento de INSS dos sócios. É tão ridícula que Onaireves devia sentir-se envergonhado. É óbvio que o sócio do clube não paga R$ 10, R$ 20 ou R$ 30 pelo ingresso. Na verdade, o sócio do clube paga para se associar e ganha o direito de assistir a todas as partidas gratuitamente. Porém, como a CBF coloca em seus regulamentos um valor mínimo de R$ 5 para sócios, é sobre este valor que é recolhido o INSS. Qualquer ignorante sabe disso. Mas Onaireves, que vive do futebol há uns bons 30 anos e é um dos maiores caloteiros do INSS, não sabia... As outras denúncias de Onaireves também foram rebatidas uma a uma - confira aqui.
A fúria de Onaireves contra o Atlético tem uma explicação. O Atlético foi o único clube que teve coragem de peitar a administração Moura na FPF e chegou a entrar na Justiça contra a instituição. Foi o único clube que não aprovou as contas da FPF em 2006, em assembléia, o que gerou profunda insatisfação entre os diretores da federação, principalmente em Moura. O Atlético foi o único clube, também, que não aceitou ceder os direitos de TV por R$ 40 mil como queria a FPF... E, por fim, foi o advogado do Atlético quem denunciou ao STJD o esquema da FPF com a empresa Comfiar para reter 2,5% da renda dos jogos. Segundo informou Marcos Malucelli à Banda B, o esquema funcionava mais ou menos assim:
  • A Comfiar está nos estatutos da FPF desde 1994 como órgao de fiscalização.
  • Essa empresa que tem na presidência o sr. Cyrus Itibere da Cunha, estatutariamente, ele que é diretor da FPF, passou a ter participação nas rendas dos jogos do Campeonato Paranaense. Em todas as partidas, quando a FPF manda o borderô para os clubes, constava o percentual da Comfiar, de 2,5%. Apesar de estar no regulamento do Campeonato Paranaense, o Atlético não entregou este valor, mas depositou em juízo.
  • Já no Campeonato Brasileiro, o clube identificou que o borderô veio com uma adulteração. O documento tem dois campos, um da CBF e outro da FPF. A CBF não cobra nada. Então, a FPF bateu em cima do campo CBF “2,5% da Comfiar”, além dos 2,5% da própria FPF. Quando o Atlético o borderô na primeira partida do Brasileirão, contra o Inter, lançou os 2,5% de cada um mas reteve o valor, porque não está no regulamento do Campeonato Brasileiro, além de apresentar denúncia ao STJD.
  • É isso que será julgado na sessão de hoje do tribunal.

Isso parece explicar a fúria cega de Onaireves...

terça-feira, 5 de junho de 2007

Denúncias de Onaireves contra Schmitt eram infundadas

Segundo informa hoje a Gazeta do Povo, as denúncias protocoladas no STJD pelo dirigente afastado da FPF Onaireves Moura contra o procurador geral do órgão, Paulo Schmitt, não surtiram efeito e foram arquivadas.
Moura questionava a exoneração de Schmitt da Paraná Esporte e denunciava haver parentesco dele por ser padrinho de casamento de dois membros do Tribunal, o que afirmava ser proibido. O presidente do órgão, Rubens Aprobatto, analisou os casos e desqualificou. “Ele não comprovou nada sobre a exoneração do Paulo Schmitt. Pelo contrário, há apenas referências boas dadas pelo presidente da Paraná Esporte, Ricardo Gomyde. Já ser padrinho de casamento não é parentesco”, afirmou Aprobatto à Gazeta.
No novo ataque de Onaireves Moura, onterm, no Rio, as acusações foram feitas em tom forte, com palavras agressivas, mas pouca coisa nova foi dita pelo dirigente. Moura agora tenta uma ligação ilícita entre Schmitt e Mário Celso Petraglia. Para isso, utiliza o caso “Aloísio”, quando foi constatado um documento que seria falsificado e foi entregue pela defesa atleticana, no qual o procurador do STJD não teria tomado providências.“Não era minha alçada, mas mesmo assim fui atrás do processo e a própria juíza dizia que não dava para saber quem teria falsificado o documento”, diz Schmitt ao jornal. “É uma estratégia um pouco equivocada. Não parece verossímil que dê certo. No meu histórico tenho feito várias denúncias contra o Atlético também”.
Já as denúncias contra o dirigente atleticano Mário Petraglia (leia abaixo) foram encaminhadas à procuradoria do órgão que, por sua vez, pediu para o clube se manifestar.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Caso Bruxo volta à baila

Nos próximos dias, o presidente afastado por três anos e dois meses da FPF, Onaireves Moura, acompanhará o enrolado “Caso Bruxo”. Ele e todos os demais citados nos inquéritos que identificaram o esquema de corrupção no futebol paranaense terão que se explicar à Polícia Civil.
O processo com quatro volumes e cerca de mil páginas foi remetido pela Justiça ao 6.º Distrito Policial, com sede no Cajuru, e em cuja área de abrangência está o Tarumã, bairro da sede da FPF. Os volumes guardam informações colhidas nos dois inquéritos da Justiça Desportiva que apuraram a corrupção no apito paranaense. O primeiro terminou com a condenação de oito acusados no Superior Tribunal de Justiça Desportiva; o segundo, conhecido como “Bruxo 2”, jamais foi julgado.
Onaireves foi um dos denunciados no “Bruxo 2”, assim como, os ex-diretores de arbitragem Fernando Luiz Homann e José Carlos Marcondes, e o diretor da Escola de Árbitros da FPF, Nélson Orlando Lemkhul. Contra Moura pesou uma denúncia, feita pelo apitador José Francisco de Oliveira (Cidão), eliminado do futebol no “Bruxo 1”, de que negociou por R$ 50 mil uma partida da 2.ª divisão paranaense em 2000. Os auditores do TJD-PR identificaram na máfia do apito paranaense indícios de crimes comuns, como estelionato, extorsão e formação de quadrilha.

TJD é arrombado no Pinheirão lacrado

Deu na Tribuna do Paraná:
O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva - TJD, José Roberto Hagebock, foi chamado às pressas na tarde de ontem para comparecer ao Estádio Pinheirão. Motivo: a porta da sala onde fica o tribunal estava aberta. Ainda não havia informações, porém, sobre quem teria entrado no local - nem mesmo evidências de que algo teria sido levado. Computadores, ao menos, estavam intactos, segundo a polícia. A Criminalística deve agora proceder às investigações sobre a suposta invasão.
O Pinheirão está lacrado desde a semana passada, por determinação da Justiça. Todos os 85 acessos devem permanecer fechados até que sejam cumpridas as exigências de segurança do Corpo de Bombeiros, conforme delimitou o Ministério Público do Estado ao solicitar a ordem judicial. E quem desrespeitar a ordem e entrar no complexo pode ser preso.
A exceção ficou por conta do TJD, que conseguiu liberação para funcionamento. Só que, ontem, a sala do tribunal amanheceu aberta, mesmo sem ser dia de expediente, não se sabe por quem, como e nem por quê.
A ordem de não abrir nenhum outro acesso do estádio também foi descumprida: a polícia constatou violação em portas que estavam lacradas. “Provavelmente, quem entrou pode ter vindo por dentro do campo, já que há portas de acesso violadas”, informou o segundo-tenente Luís Maywitz, do vigésimo batalhão da PM. A polícia descarta que o acesso tenha sido por meio da sede da Federação Paranaense de Futebol - FPF, uma vez que as portas estavam intactas.
De acordo com o tenente, as primeiras constatações davam conta de que algumas portas de armários e gavetas haviam sido mexidas. “Os computadores e televisão, pelo menos, permanecem no local”, disse o policial. Nem mesmo o presidente Hagebock sabia dizer de possíveis prejuízos. “Não sabemos ainda no que foi mexido. Aparentemente, não dá para saber se teve coisas roubadas; vamos ficar na dependência das provas da Criminalística”, disse.
As perguntas que ficam no ar: 1) O Pinheirão não tem nem ao menos UM vigia noturno?; 2) Quem é que viu a sala do TJD arrombada em pleno domingão, dia em que não há expediente no Tribunal?; 3) Porque invadiram o tribunal mas não roubaram nada, nem bens materiais nem processos que estavam na Casa? É... Realmente demasiado estranho.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Vaga de Moura já desperta interesse

O vice-presidente da FPF, Aluízio José Ferreira, de Ponta Grossa, assumiu a entidade temporariamente. Porém, a possibilidade de ficar com o cargo já desperta o desejo em alguns postulantes a cartolas. Entre eles, segundo a Gazeta do Povo de hoje, está o apresentador Carlos Massa, o "Ratinho". Os empresários Hélio Cury e Joel Malucelli também são pré-candidatos.

Porém, as eleições ocorrerem apenas durante a segunda quinzena de abril de 2008. Só haverá um pleito antes disso se nenhum dos vice-presidentes quiser ficar no cargo até lá.

Salários atrasados na FPF

Deu na Gazeta do Povo:

Salários estão atrasados
A confirmação da punição de três anos e dois meses a Onaireves Moura imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) na quarta-feira à noite pouco mudou a rotina da Federação Paranaense de Futebol. Entre um e outro curioso que queria ver “a cara do novo presidente” Aluízio José Ferreira, o assunto que dominava as rodinhas de conversa era o pagamento de parte do salário de abril, que até ontem não tinha entrado na conta dos funcionários da entidade. “Eles nos pagam em três vales, mas até agora nós só recebemos duas prestações do salário”, afirma uma funcionária antiga, que pediu para não ter o nome revelado.

Gomyde abandona o Orkut

No mesmo dia em que este blog divulgou as mensagens do presidente da Paraná Esporte, Ricardo Gomyde, publicadas no Orkut, revelando os "bastidores governamentais" sobre a escolha do estádio paranaense para a Copa do Mundo de 2014 e criticando os colegas de governo (veja postagem abaixo), ele resolveu abandonar o site de relacionamentos.
Que coincidência, não?